Turistas raptados no Sinai

Uma norueguesa e um israelita foram sequestrados no Sinai. Uma estratégia frequente a que recorrem os beduínos para conseguir a libertação de presos

Dois turistas foram hoje raptados na península egípcia do Sinai por beduínos armados. O casal — uma norueguesa e um israelita — viajava de carro entre Taba, uma estância junto à fronteira com Israel, e Dahab, um resort popular mais a sul.

Segundo a agência AFP, os turistas foram intercetados por seis homens que os forçaram a entrar na sua carrinha. A Reuters acrescenta que as forças de segurança egípcias estão a contactar os raptores para garantir a segurança dos reféns.

O rapto de turistas no Sinai é frequente, sobretudo após a deposição de Hosni Mubarak, há dois anos, facto que fragilizou as forças de segurança no local. Normalmente, os raptos não duram mais do que 48 horas e visam usar os reféns como moeda de troca para a libertação de beduínos presos.

A 7 de março, um casal britânico foi raptado dentro de um banco, numa pausa durante a viagem a caminho da estância de Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho. Foram libertados horas depois.

Israel alerta, frequentemente, os seus turistas para a possibilidade de ataques no Sinai. Porém, neste caso em concreto, parece afastar a teoria de um sequestro politicamente motivado. “Não parece que o cidadão israelita tenha sido visado em virtude da sua nacionalidade”, afirmaram dois responsáveis israelitas, em Jerusalém, à Reuters. “A nossa avaliação inicial é de que se tratou de um ato criminoso.”

Artigo publicado no “Expresso Online”, a 22 de março de 2013. Pode ser consultado aqui

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