No território da Cisjordânia, a construção do muro de separação e o projeto de colonização israelita deixam cada vez menos terras disponíveis para os palestinianos. Cerca de 60% do território está ocupado por Israel. Hebron é um caso extremo, com colonos da linha dura que recorrem à violência para expulsar populações palestinianas e ocupar o seu espaço. Tão antigo quanto o próprio conflito, o drama dos refugiados — dos cinco milhões, mais de dois milhões vivem nos dois territórios palestinianos (Cisjordânia e Gaza) — arrasta-se desde 1948. A solução de dois Estados é cada vez mais inviável. Mas no bazar da cidade velha de Jerusalém, não se perde o sentido de humor…

T-shirt humorística no bazar do bairro muçulmano da cidade velha de Jerusalém: “Israel”, procurado no Google. “Você queria dizer: Palestina” MARGARIDA MOTA 
Militares israelitas jogam à bola com uma criança, num colonato em Hebron. Nesta cidade — uma das mais antigas do mundo, onde vivem 175 mil palestinianos —, uma força militar israelita de 650 soldados protege 850 colonos MARGARIDA MOTA 
Em Hebron, situa-se o túmulo de Abraão, o patriarca das três religiões monoteístas. No interior do mausoléu (ao centro na foto), há uma mesquita e uma sinagoga
MARGARIDA MOTA
Outrora um centro comercial vibrante, a cidade velha de Hebron é hoje uma cidade-fantasma. 42% das famílias árabes abandonaram a cidade MARGARIDA MOTA 
Cozinha de rua, num restaurante com vista para a praça central de Jericó
MARGARIDA MOTA
Cozinha de rua, num restaurante com vista para a praça central de Jericó
MARGARIDA MOTA
Num restaurante na parte antiga de Ramallah propõe-se uma típica refeição palestiniana: falafel e pratinhos de hummus MARGARIDA MOTA 
Acampamento beduíno de Tabana, nos arredores de Jerusalém MARGARIDA MOTA 
Cerca de 30 famílias vivem predominantemente da venda de animais, mas há cada vez mais beduínos (homens) a procurar trabalho nos colonatos judeus MARGARIDA MOTA 
O projeto residencial E1, aprovado pelo Governo de Israel, condenará Tabana a uma deslocalização forçada. No total, 20 comunidades beduínas serão afetadas por esse plano MARGARIDA MOTA 
Campo de refugiados palestinianos de Aida, em Belém, em hora de recreio na escola dos rapazes. Ao longe, o muro de separação entre Israel e a Cisjordânia estende-se como uma serpente MARGARIDA MOTA 
Mural no campo de Aida onde se evoca os cerca de cinco mil palestinianos detidos em prisões israelitas, alguns deles nascidos no próprio campo MARGARIDA MOTA 
Mural no campo de Aida. “Venceremos!” MARGARIDA MOTA 
Numa banca no bairro muçulmano da cidade velha de Jerusalém: “Estes sumos de fruta estão aprovados”, lê-se no cartaz com a imagem do ator e lutador Chuck Norris
MARGARIDA MOTA
Viagem realizada em março de 2013, a convite do Representante da União Europeia para a Cisjordânia e Gaza
Portefólio publicado no “Courrier Internacional”, de abril de 2013









