Relatório da ONU prova uso de gás sarin

Inspetores das Nações Unidas que investigaram as suspeitas de uso de armas químicas na Síria entregaram o relatório a Ban Ki-moon

O relatório dos inspetores das Nações Unidas sobre o incidente de 21 de agosto, nos arredores de Damasco confirma “o uso de armas químicas durante o conflito na Síria, visando também civis, incluindo crianças, numa escala relativamente grande”.

O documento, tornado público esta segunda-feira, refere que “as amostras ambientais, químicas e médicas recolhidas fornecem provas claras e convincentes de que foram usados mísseis terra-terra contendo o gás nervoso sarin” em três áreas da região de Ghouta.

Em apoio destas conclusões, os inspetores referem cinco factos:

— Foram encontrados mísseis terra-terra rebentados contendo gás sarin;

— Perto dos locais de impacto dos mísseis, em áreas onde pacientes foram afetados, o ambiente estava contaminado com sarin;

— Mais de cinquenta entrevistas dadas por sobreviventes e profissionais de saúde confirmaram os resultados médicos e científicos;

— Os diagnóstivos a vários pacientes / sobreviventes confirmaram a intoxicação com um composto organofosforado;

— Amostras de sangue e urina recolhidas dos pacientes acusaram positivo na análise ao Sarin.

Este relatório foi entregue ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que, de seguida, o apresentou no Conselho de Segurança das Nações Unidas. “Este é o caso de uso de armas químicas contra civis confirmado mais significativamente desde que Saddam Hussein as usou em Halabja, em 1988” (contra a minoria curda no Iraque).

Relatório dos inspetores da ONU (em inglês).

Artigo publicado no “Expresso Online”, a 16 de setembro de 2013. Pode ser consultado aqui

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