Prevista para a próxima semana, a cimeira de Astana sobre a guerra na Síria poderá possibilitar o primeiro encontro entre a Rússia e os Estados Unidos da era Trump. Em cima da mesa, estarão, apenas e só, aspetos militares do conflito. Grupos rebeldes já confirmaram a sua presença no Cazaquistão
Começa a ganhar forma a cimeira de Astana, a iniciativa diplomática que se segue visando o fim do conflito na Síria. Promovida por Rússia e Turquia — que no terreno estão em lados opostos da barricada (Moscovo apoia Bashar al-Assad e Ancara fações rebeldes) —, a reunião está prevista para a próxima segunda-feira, dia 23, na capital do Cazaquistão.
A Administração Trump, que inicia funções na próxima sexta-feira, foi convidada a estar presente. “Estamos a contar que a nova Administração aceite o convite e se faça representar por peritos a quaisquer níveis que eles entendam ser possível”, afirmou esta terça-feira, em conferência de imprensa, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov. “Será o primeiro contacto oficial durante o qual poderemos iniciar a discussão sobre o reforço da eficácia no combate ao terrorismo na Síria.”
As conversações de Astana irão concentrar-se exclusivamente na dimensão militar do conflito, deixando as questões políticas para um outro processo negocial já agendado, de iniciativa das Nações Unidas, previsto para fevereiro em Genebra (Suíça).
Na segunda-feira, grupos rebeldes confirmaram que estarão presentes em Astana. “Todos irão. Todos concordaram”, afirmou Mohammad Alloush, um dos líderes do Jaish al-Islam (Exército do Islão), uma aliança de grupos islamitas e salafitas. “Astana é um processo que visa acabar com a sangria provocada pelo regime e seus aliados. Queremos acabar com esta sucessão de crimes.”
Osama Abu Zeid, um advogado a trabalhar para os rebeldes, afirmou que estes foram encorajados a participar pelo facto de a ordem de trabalhos concentrar-se “apenas no cessar-fogo”.
Ofensiva sangrenta do Daesh
Apesar das iniciativas diplomáticas em curso, e da trégua oficialmente em vigor desde 30 de dezembro, no terreno a guerra está longe de estar terminada. No sábado, o autodenominado Estado Islâmico (Daesh) — que não está abrangido pelo cessar-fogo e que continua a ter na cidade síria de Raqqa a sua principal fortaleza — lançou uma ofensiva contra as forças governamentais na província de Deir ez-Zor (leste) — rica em recursos petrolíferos — que os jiadistas controlam parcialmente. Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, o ataque fez 82 mortos.
À semelhança do Daesh, estarão também ausentes de Astana os grupos curdos. A Administração Obama defendeu a participação das Unidades de Proteção Popular (curdas), conhecidas pelas siglas PYD ou YPG, mas o ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Mevlüt Çavuşoğlu, considerou essa possibilidade “um disparate”, defendendo: “Se for convidado um grupo terrorista, então também se deve convidar a Al-Nusra e o Daesh”. Ambos são rotulados “grupos terroristas” pelas Nações Unidas.
Para os turcos, as YPG são o braço sírio do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que luta por um Curdistão independente na Turquia e que Ancara considera ser um grupo terrorista.
Artigo publicado no “Expresso Online”, a 17 de janeiro de 2017. Pode ser consultado aqui
Paris acolhe este domingo uma conferência internacional sobre o processo de paz no Médio Oriente. O primeiro-ministro de Israel não estará presente. Benjamin Netanyahu teme que dali saia uma posição que origine uma nova resolução “anti-Israel” nas Nações Unidas
Mahmud Abbas e Barack Obama, líderes palestiniano e norte-americano, na Sala Oval da Casa Branca, a 28 de maio de 2009 PETE SOUZA / WIKIMEDIA COMMONS
O futuro do conflito israelo-palestiniano discute-se, este domingo, em Paris, numa Conferência Internacional sobre o Processo de Paz no Médio Oriente organizada pelo Governo francês e onde são aguardados representantes de mais de 70 países.
Questionado pelo “Expresso” sobre o que consideraria ser um resultado positivo deste encontro, Uri Avnery, 93 anos, o decano dos pacifistas israelitas, é categórico: “O resultado deveria ser o total reconhecimento do Estado da Palestina, como parceiro do Estado de Israel”, defendeu. “O Presidente Obama devia fazer o mesmo antes de sair” da Casa Branca — a cerimónia de investidura de Donald Trump realiza-se a 20 de janeiro.
Na cena internacional, Uri Avnery não é voz única na defesa desta ideia. A 28 de novembro passado, num artigo de opinião publicado no diário “The New York Times”, o ex-Presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter escreveu: “Estou convencido que os Estados Unidos ainda podem dar forma ao futuro do conflito israelo-palestiniano antes da mudança de Presidentes, mas o tempo é muito curto. O passo simples mas vital que esta Administração tem de tomar antes do fim do seu mandato a 20 de janeiro é garantir o reconhecimento diplomático norte-americano ao Estado da Palestina, tal como 137 países já o fizeram, e ajudar a alcançar a plena adesão às Nações Unidas”.
Israelitas e palestinianos foram convidados a participar na Conferência de Paris. Mas se é esperada a presença do Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, já o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu — que só aceita negociar com os palestinianos através de conversações diretas — declinou o convite.
“A Conferência de Paris é manipulada pelos palestinianos sob os auspícios franceses para adotar mais posições anti-Israel”, afirmou na quinta-feira, durante um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Noruega, em Jerusalém.
Israel teme que de Paris saia uma posição que origine uma nova resolução no Conselho de Segurança das Nações Unidas condenatória de Israel. A 23 de dezembro, foi aprovada a Resolução 2334 que considera os colonatos judeus em território palestiniano uma violação do direito internacional.
Num encontro com embaixadores e chefes de missão israelitas na Europa, realizado no início de janeiro, o primeiro-ministro Netanyahu afirmou: “[O grande esforço] em que estamos envolvidos agora é impedir outra resolução da ONU e também uma decisão do Quarteto [EUA, Rússia, ONU e União Europeia]. Estamos a fazer um grande esforço diplomático nesse sentido e esta tem de ser a vossa prioridade nos próximos dias”, disse. “Temos de ser bem sucedidos.”
Antes que Trump entre em cena…
O encontro em Paris — onde Portugal estará representado pela secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Teresa Ribeiro — realiza-se a cinco dias da saída de cena de Barack Obama.
Há muito que a relação entre Obama e Netanyahu — líderes de países que têm uma aliança inquebrável — se degradou irreparavelmente: Obama defende a solução de dois Estados independentes e Netanyahu, na prática, tudo faz para o inviabilizar.
No mesmo dia em que na ONU foi aprovada a resolução sobre os colonatos — com a abstenção dos EUA (que tradicionalmente protege Israel usando o poder de veto) —, Donald Trump garantiu: “Relativamente às Nações Unidas, as coisas serão diferentes a partir de 20 de janeiro”.
Artigo publicado no “Expresso Online”, a 14 de janeiro de 2017. Pode ser consultado aqui
Dois anos após receber 50 vergastadas numa praça da Arábia Saudita, o bloguer Raif Badawi, que amanhã faz 33 anos, vive no receio permanente de que as 950 chicotadas em falta a que foi condenado comecem a ser aplicadas a qualquer momento dentro da prisão. “Não podemos esquece-lo…”, apela ao Expresso uma amiga da família e cofundadora da Fundação Raif Badawi para a Liberdade
Raif Badawi já foi notícia em todo o mundo por diversas vezes. Foi-o a 29 de outubro de 2015 quando o Parlamento Europeu anunciou que o Prémio Sakharov daquele ano era dele. Tinha-o sido meses antes também pelas dramáticas razões que o tornaram universalmente conhecido: em frente a uma mesquita na cidade saudita de Jeddah, na presença de centenas de pessoas, Raif recebeu 50 chicotadas nas costas por “insulto ao Islão através de canais eletrónicos”, decretou a justiça saudita. Inspirado pelos “ventos da mudança” da Primavera Árabe, Raif criara o blogue “Liberais Sauditas Livres”, onde promovia debates sobre religião e sociedade — uma ameaça à segurança nacional, considerou Riade.
Esta sexta-feira, o bloguer saudita faz 33 anos. Assinala-os na prisão, longe da família — a mulher e três filhos menores vivem exilados no Quebec (Canadá) — e das manchetes noticiosas. “Não, o caso não está esquecido”, garante ao Expresso Évelyne Abitbol, amiga da família e cofundadora da Fundação Raif Badawi para a Liberdade. “Não podemos esquece-lo. Devemos continuar a lutar pela sua libertação. Ele não é um criminoso, é um blogger, um jornalista, um escritor. E não insultou o Islão, defendeu a liberdade de expressão, de religião, de opinião…”
Após a sua prisão, em 2012, a Amnistia Internacional considerou Raif Badawi um prisioneiro de consciência, “detido unicamente por exercer pacificamente o seu direito à liberdade de expressão”. Na imagem, uma das campanhas da organização: “Blogar faz mal às costas”, lê-se. Usa-se a palavra “blogging” em vez de “flogging” (flagelação) AMNISTIA INTERNACIONAL
O caso de Raif tem constado da agenda diplomática de muitos países ocidentais nos seus contactos bilaterais com as autoridades sauditas. “Os ministros dos Negócios Estrangeiros de todos os países ocidentais apelarem à sua libertação de cada vez que têm encontros na Arábia Saudita, mas não temos qualquer indicação de que ele vá ser libertado”, refere Évelyne, nascida em Casablanca (Marrocos) e que é assessora especial para a diversidade de Jean-François Lisée, o líder da oposição na Assembleia Nacional do Quebec. Destaca as posições assumidas pelos Governos da Áustria, Suíça, Alemanha, França, Suécia, Noruega, Reino Unido e Canadá. “Estão a trabalhar muito para o tirar de lá.”
Esta semana, o potencial político do caso de Raif foi aflorado a propósito da visita à Arábia Saudita do Rei Felipe de Espanha, que se inicia no sábado. Segundo a imprensa espanhola, Letizia recusou-se a acompanhar o marido. Num artigo de opinião no diário digital “El Español”, o diretor adjunto Miguel Ángel Mellado enumera várias razões que podem ter contribuído para a posição da rainha. Segundo o jornalista, ela nunca visitaria um país onde “as mulheres são proibidas de conduzir”, “as mulheres casadas não podem viajar sozinhas” sem a tutela de um membro da família do marido, “onde 150 pessoas foram executadas nos últimos anos, por decapitação na sua maioria, nalguns casos por se oporem à família real”, “um país que financia milhares de mesquitas em todo o mundo promovendo o wahabismo, uma corrente religiosa muçulmana radical”, “onde as divorciadas não podem entrar por serem consideradas adúlteras” e onde “um bloguer, Raif Badawi, recebeu 50 chicotadas em público e está na prisão à espera das restantes 950 a que foi condenado”.
As chicotadas foram uma parte da pena decretada em maio de 2014. Raif foi também condenado a 10 anos de prisão, a mais 10 anos sem poder sair do país e a uma multa de um milhão de rials (mais de 250 mil euros). Recebeu as primeiras 50 chicotadas a 9 de janeiro de 2015; a segunda leva foi sendo sucessivamente adiada por razões de saúde. Raif sofre de hipertensão e é convicção da família que se o castigo continuar a ser aplicado, ele não sobreviverá. “Ele tem sempre esse medo. Está sempre em grande tensão”, continua Évelyne. “Ele não está bem. Nem a nível físico — ele tem pedras no rim — nem emocionalmente. Claro que já lá vão quase cinco anos de prisão.” Raif foi preso a 17 de junho de 2012.
“O diretor da prisão autorizou-o a receber livros, mas estes não lhe chegam. Os livros têm de passar pela censura religiosa”, explica Évelyne. Na prisão, “ninguém o visita”, mas Raif pode telefonar à família. “Eles contactam-se. A família não pode telefonar-lhe, mas ele liga de uma cabine pública no interior da prisão. Falam-se a cada dois ou três dias.”
VIGIADA, COMO O IRMÃO
Raif Badawi tornou-se o rosto mais visível entre um conjunto de intelectuais, ativistas, académicos que foram severamente punidos por ousarem dizer o que pensam na Arábia Saudita — criticando as autoridades, apelando a reformas ou denunciando violações aos direitos humanos. Muitos são criminalizados ao abrigo de legislação anti-terrorista e de combate ao cibercrime.
No seu sítio na Internet, a Organização Saudi-Europeia para os Direitos Humanos apresenta vários casos de repressão, tortura, detenções arbitrárias, execuções políticas, que visam quem esboça a mínima dissidência em relação à Casa de Saud. Entre eles, está o de Samar Badawi, uma ativista dos direitos humanos de 35 anos. O apelido não ilude o parentesco: é irmã de Raif.
A 12 de janeiro do ano passado, foi presa por “incitamento à opinião pública contra o Estado”. Durante um interrogatório, foi questionada por ter feito o “upload” no Twitter da foto de um ativista a cumprir pena de prisão e por ter saudado a saída da prisão de um outro. Acabou por ser libertada, mas hoje vive com rédea curta no que respeita ao exercício das liberdades. O Expresso pediu-lhe uma entrevista para este artigo. “Não posso, infelizmente”, responde por email. “Fui proibida pelo Governo saudita. Não posso falar com jornalistas. Lamento muito.”
Tirada na noite da passagem de ano para 2017, a foto mostra Ensaf Haidar (a mulher de Raif) e os três filhos do casal: Doudi, Miriyam e Najwa. Entre as duas meninas, está a amiga Évelyne ÉVELYNE ABITBOL
No sítio da Fundação Raif Badawi para a Liberdade, um contador vai assinalando os dias, horas, minutos e segundos que faltam para a libertação de Raif — uma meta que a família gostaria de encurtar. Conta, para isso, com a pressão exercida por Governos nacionais sobre as autoridades sauditas — a ministra dos Negócios Estrangeiros da Suécia, Margot Wallström, qualificou a punição a Raif como “medieval” — e também com o voluntarismo de cada cidadão individualmente — como aconteceu com a própria Évelyne.
“Envolvi-me há dois anos. Tinha sido jornalista e tinha trabalhado na área internacional sobre diversidade, direitos humanos e desenvolvimento democrático. Um dia, vi um apelo da Ensaf no Youtube e pensei que podia ajuda-la, já que ela vive em Sherbrooke (Quebec), muito perto de mim. Conhecemo-nos numa vigília e rapidamente tornei-me amiga da família. Comecei a ajudar nas conferências de imprensa, apresentações públicas, elaboração de discursos e moções a apresentar na Assembleia Nacional do Quebec.” Depois, “decidimos abrir uma fundação com o nome de Raif e assente nos seus valores”.
Aos portugueses, em particular, Évelyne faz dois apelos. Por um lado, pede que participem numa campanha de “crowdfunding” (recolha de fundos) lançada em novembro passado para ajudar a custear as ações desenvolvidas pela Fundação. “Qualquer quantia é bem vinda”, diz. Por outro, apela a que uma editora portuguesa se interesse pelo livro da Ensaf, “Mon combat pour sauver Raif Badawi” (O meu combate para salvar Raif Badawi), lançado no ano passado. “A tradução espanhola vai ser lançada em fevereiro. Seria muito bom arranjarmos alguém que traduzisse o livro para português e o publicasse.”
Artigo publicado no “Expresso Diário”, a 12 de janeiro de 2017. Pode ser consultado aqui
Está em perigo a cimeira de Astana, prevista para este mês, no Cazaquistão, sobre o conflito na Síria. Grupos rebeldes acusam o regime de Bashar al-Assad de não cumprir o cessar-fogo
Aos cinco dias de trégua na Síria, o principal grupo rebelde suspendeu a sua participação nos trabalhos de preparação das negociações de paz previstas para o final do mês, no Cazaquistão. O Exército Livre da Síria,apoiado pela Turquia, fala em em várias “violações” ao cessar-fogo por parte das forças de Bashar al-Assad .
“O regime e seus aliados continuam a sua investida e realizaram operações, especiamente no Vale de Barada, Ghouta Leste (Damasco), nos subúrbios de Hama e Daraa. Também bombardearam a nascente de Al-Fijeh que fornece água a seis milhões de sírios em Damasco e arredores”, lê-se num comunicado conjunto assinado por 12 fações rebeldes.
É um “significativo revés”, comentou Hashem Ahelbarra, repórter da Al-Jazeera colocado na cidade turca de Gaziantep, fronteira à Síria. “Os rebeldes dizem que assinaram o cessar-fogo de boa fé mas que o regime sírio e o seu aliado russo falharam” o seu cumprimento. “Dizem que os aviões continuaram a atacar áreas controladas pelos rebeldes por todo o país com bombas de barril, em particular Wadi Barada.”
Os signatários do comunicado realçam o agravamento da situação nesta área a noroeste de Damasco — crucial para o abastecimento de água à capital e cercada por forças governamentais desde meados de 2015 —, alvo de bombardeamentos quase diários por parte das forças nacionais e dos seus aliados do Hezbollah (grupo xiita libanês).
Racionamento de água em Damasco
Segundo o Gabinete da ONU para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA), o fornecimento de água foi cortado a 22 de dezembro após a infraestrutura ter sido “deliberadamente alvejada e danificada”, sem adiantar por quem. Presentemente, há racionamento de água na capital síria, com as autoridades obrigadas a recorrer às reservas.
Segundo a BBC, a área de Wadi Barada “não está abrangida pelo cessar-fogo, dada a presença do grupo jiadista Jabhat Fateh al-Sham [antiga Jabhat al-Nusra], excluído pelo acordo”.
Promovidas pela Rússia, Irão e Turquia, as conversações de Astana ainda não tem data concreta. Os organizadores dizem não pretender substituir o processo negocial apoiado pelas Nações Unidas previsto, que deverá ser retomado em fevereiro, mas antes completá-lo.
O diálogo de Astana é o passo seguinte ao cessar-fogo mediado por Rússia e Turquia — que no pântano sírio apoiam fações contrárias. Ficaram de fora grupos jiadistas que as Nações Unidas designam como “terroristas”, como o Daesh e a Jabhat Fateh al-Sham (antiga Jabhat al-Nusra).
Não abrangidas pelo acordo de cessar-fogo estão também as milícias curdas Unidades de Proteção Popular (YPG), que o Governo turco considera serem a extensão síria do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que luta pela autonomia do povo curdo dentro da Turquia desde a década de 80.
Artigo publicado no “Expresso Online”, a 3 de janeiro de 2017. Pode ser consultado aqui
Jornalista de Internacional no "Expresso". A cada artigo que escrevo, passo a olhar para o mundo de forma diferente. Acho que é isso que me apaixona no jornalismo.