Os “coletes azuis” que tornaram possível umas eleições “tranquilas”

A Comissão Eleitoral Independente afegã contratou 100 mil funcionários para prestarem assistência aos eleitores nas assembleias de voto das presidenciais deste sábado. Num país com uma alta taxa de analfabetismo como o Afeganistão, o simples gesto de inserir o boletim de voto na urna pode ser complicado

A violência não esteve totalmente ausente das eleições presidenciais no Afeganistão, este sábado, mas foi esporádica, ao contrário de jornadas passadas onde ofuscou por completo as notícias sobre a jornada cívica. No incidente mais grave, 15 pessoas ficaram feridas após a explosão de uma bomba no exterior de um centro de votação, na cidade de Kandahar (sul).

Nas assembleias de voto por todo o país, foi crucial o papel desempenhado por cerca de 100 mil pessoas contratadas pela Comissão Eleitoral Independente para apoiar os eleitores. A fotogaleria que acompanha este texto é uma montra desse trabalho.

Identificados com coletes azuis, foram especialmente importantes na utilização das máquinas de identificação biométrica, usadas nestas eleições para tentar minimizar as situações de fraude. Só os votos de eleitores que foram controlados por esse dispositivo serão válidos.

Segundo a Al-Jazeera, os resultados preliminares destas eleições não deverão ser conhecidos antes de 17 de outubro e os finais não antes de 7 de novembro. Se nenhum candidato obtiver pelo menos 51% dos votos, haverá uma segunda volta.

FOTOGALERIA

Uma funcionária eleitoral faz o registo biométrico de uma eleitora, numa assembleia de voto em Cabul MOHAMMAD ISMAIL / REUTERS
Coberta com uma burqa, esta eleitora afegã revela dificuldades na hora de introduzir o voto na urna HOSHANG HASHIMI / AFP / GETTY IMAGES
Só os votos dos eleitores que passaram pelo registo biométrico serão considerados válidos PAULA BRONSTEIN / GETTY IMAGES
Nem Ashraf Ghani, atual Presidente e um dos candidatos favoritos à vitória, escapou ao procedimento MOHAMMAD ISMAIL / REUTERS
Um funcionário recorre a uma lanterna ultravioleta para confirmar a validade da documentação que tem em mãos OMAR SOBHANI / REUTERS
Grande tranquilidade nesta assembleia de voto em Cabul PAULA BRONSTEIN / GETTY IMAGES
Um desafio que esta eleitora encara com um sorriso PAULA BRONSTEIN / GETTY IMAGES
Muita afluência neste centro da capital PAULA BRONSTEIN / GETTY IMAGES
“Coletes azuis” em todos os cantos, disponíveis para ajudar PAULA BRONSTEIN / GETTY IMAGES
Recolha da impressão digital de uma eleitora, num centro de voto de Cabul OMAR SOBHANI / REUTERS
O dedo pintado denuncia que este eleitor já exerceu o seu dever cívico OMAR SOBHANI / REUTERS
A estranheza no rosto desta anciã perante novidades que talve não consiga entender OMAR SOBHANI / REUTERS
Novidades tecnológicas numa sociedade com uma forte componente tradicional PARWIZ PARWIZ / REUTERS
Centro de votação instalado numa escola, em Cabul MOHAMMAD ISMAIL / REUTERS
Documentos, boletins, máquina biométrica, tinteiros. E competência OMAR SOBHANI / REUTERS
Registaram-se para participar nestas eleições presidenciais 9,6 milhões de afegãos OMAR SOBHANI / REUTERS
Encerradas as urnas, o trabalho dos funcionários eleitorais não termina MOHAMMAD ISMAIL / REUTERS
Um boletim de voto com 18 nomes, mas três entretanto desistiram da corrida MOHAMMAD ISMAIL / REUTERS

Muitas mulheres envolvidas nos procedimentos eleitorais MOHAMMAD ISMAIL / REUTERS

Finalizadas as burocracias nas assembleias de voto, os resultados finais deverão demorar mais de um mês a serem divulgados MOHAMMAD ISMAIL / REUTERS

Artigo publicado no “Expresso Online”, a 28 de setembro de 2019. Pode ser consultado aqui

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