Situado entre Ramallah e Jerusalém, o posto de controlo da Qalandia é atravessado diariamente por milhares de palestinianos. Mas só quem Israel autoriza. Reportagem na Palestina
A construção da barreira de separação entre Israel e o território palestiniano da Cisjordânia, iniciada em 2006, deixou cerca 90 mil de “jerusalemites” (palestinianos com autorização de residência em Jerusalém) do lado palestiniano do muro.
Separados do resto da cidade, hoje, se necessitam de ir a Jerusalém, não lhes resta alternativa senão atravessar o checkpoint da Qalandia, a pé ou de carro. Fazem-no para ir trabalhar, para ir à escola, às compras, ao hospital ou para visitar familiares.
Aberto 24 horas por dia, o posto de controlo permite também a passagem a palestinianos da Cisjordânia com autorização dada por Israel, na maioria dos casos para efeitos de trabalho. Um sistema biométrico faz o reconhecimento das suas impressões digitais.
Para qualquer jornalista em reportagem na região, atravessar o posto da Qalandia a pé é quase que obrigatório. Na semana passada, a experiência de uma jornalista portuguesa não correu da melhor maneira.

Graffitis de Yasser Arafat e do prisioneiro Marwan Barghouti no muro de separação, à chegada à Qalandia MARGARIDA MOTA 
Vista parcial do exterior do posto de controlo MARGARIDA MOTA 
Sala de espera para entrar no checkpoint MARGARIDA MOTA 
Jornalistas portugueses e espanhóis preparam-se para atravessar a Qalandia
MARGARIDA MOTA
Corredores de acesso aos torniquetes MARGARIDA MOTA 
Palestinianos a caminho do trabalho MARGARIDA MOTA 
A máquina de raios-X e, à direita, o guichet de apresentação da identificação
MARGARIDA MOTA
Crianças aguardam, à saída MARGARIDA MOTA 
Exterior, junto ao torniquete da saída MARGARIDA MOTA 
Posto de controlo para quem passa de veículo MARGARIDA MOTA
Artigo publicado no “Expresso Online”, a 16 de março de 2013. Pode ser consultado aqui