Mahmud Ahmadinejad, oito anos, 25 momentos

Impedido de se recandidatar a um terceiro mandato nas eleições de hoje, o populista Mahmud Ahmadinejad sai de cena no Irão. No estrangeiro, será recordado por algumas afirmações controversas

13/05/2005: Mahmud Ahmadinejad, presidente da Câmara de Teerão, preenche o registo, no Ministério do Interior, para se candidatar à presidência do Irão
24/06/2005: Rodeado por jornalistas, após depositar o seu voto, nas eleições presidenciais
03/08/2005: Curvando-se perante o Líder Supremo, “ayatollah” Ali Khamenei, após receber o certificado que o declara Presidente. Sentado está o Presidente cessante, o reformista Mohammad Khatami
26/10/2005: Na conferência “O Mundo sem Sionismo”, realizada em Teerão, Ahmadinejad proferiu a frase que haveria de ‘persegui-lo’ enquanto Presidente: “Israel devia ser varrido do mapa”
31/01/2006: Em oração, junto ao túmulo do “ayatollah” Ruhollah Khomeini, fundador da República Islâmica
28/02/2006: Apaixonado por futebol, participa num treino da seleção iraniana, durante a preparação para o Mundial da Alemanha. O Irão integrou o grupo de Portugal, com quem perdeu por 2-0
07/05/2006: Ahmadinejad posa com comandantes dos basiji, uma milícia paramilitar voluntária criada em 1979 por ordem do líder da Revolução Islâmica, “ayatollah” Khomeini
19/09/2006: Na Assembleia Geral das Nações Unidas, Ahmadinejad discursa para uma plateia semi-deserta. Para alguns países, ignora-lo é uma forma de protesto contra o programa nuclear iraniano
14/12/2006: Ahmadinejad reune-se com membros da organização Judeus Unidos Contra o Sionismo, participantes na conferência “Revisão do Holocausto: Visão Global”, realizada em Teerão
09/04/2007: Discursando na central nuclear de enriquecimento de urânio de Natanz, 350 km a sul de Teerão. Com Ahmadinejad, o Irão continuou a desenvolver um programa nuclear “para fins civis”
24/09/2007: “No Irão, não temos homossexuais como no vosso país”, disse, num encontro com estudantes, na Universidade de Columbia, em Nova Iorque
02/03/2008: Em Bagdade, com o homólogo iraquiano, Jalal Talabani. Ahmadinejad foi o primeiro Presidente iraniano a visitar o Iraque desde a sangrenta guerra entre ambos (1980-88)
08/06/2008: Ahmadinejad recebe o primeiro-ministro do Iraque, Nuri al-Maliki, em Teerão. Confirma-se a normalização das relações entre os dois países, ambos com uma população de maioria xiita
08/05/2009: Mahmoud Ahmadinejad formaliza o seu registo no Ministério do Interior para se recandidatar a um segundo mandato
07.02.2010: Na companhia do ministro das Indústrias, Ali Akbar Mehrabian, durante a visita a uma exposição de ciência e tecnologia, em Teerão
25/02/2010: Jantar em Damasco reúne três aliados: Ahmadinejad, o Presidente sírio Bashar al-Assad (ao centro) e Hassan Nasrallah (à esquerda deste), líder do movimento xiita libanês Hezbollah
17/05/2010: Com os brasileiros Celso Amorim e Lula da Silva e os turcos Ahmet Davutoglu e Recep Tayyip Erdogan, celebrando um acordo de permuta de combustível
04/08/2010: Ahmadinejad saúda o povo, durante uma visita a Hamadan, 336 km para sudoeste de Teerão. Pouco depois, a detonação de um explosivo artesanal atingia a coluna de batedores
23/09/2010: Segurando o Alcorão e a Bíblia, enquanto discursa na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque
17/09/2011: Encontro com o Cardeal Emérito Theodore McCarrick (Igreja Católica) e com o Bispo Episcopal de Washington John Bryson Chane (Igreja Anglicana), em Teerão
25/10/2011: A popularidade de Ahmadinejad assentava, sobretudo, nas classes mais pobres. A imagem documenta uma visita a Birjand, a cerca de 1000 km para leste de Teerão
09/11/2011: A caminho de uma visita à cidade de Shahrekord, a 521 km para sudoeste da capital iraniana
08/03/2013: Confortando Elena Frias, mãe de Hugo Chávez, no velório do ex-Presidente venezuelano. A imagem causou polémica: os homens iranianos apenas devem tocar nas mulheres da família
15/04/2013: Encontro com um grupo de académicos e cientistas, em Niamey, capital do Niger
11/05/2013: Ahmadinejad tirou “um dia de folga” e acompanhou o seu chefe de gabinete no ato de registo para concorrer às presidenciais. Porém, Esfandiar Rahim Mashaie foi desqualificado

Artigo publicado no “Expresso Online”, a 14 de junho de 2013. Pode ser consultado aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *