Na abertura de uma conferência internacional sobre o papel de Portugal no mundo, Cavaco Silva identificou recursos que o país pode potenciar
“É nos tempos difíceis que devemos ter a ousadia de pensar o futuro. A dureza do presente não nos deve impedir de ver mais longe.” Com esta ideia, o Presidente Cavaco Silva inaugurou a conferência internacional “Portugal na balança da Europa e do Mundo”, que decorre durante todo o dia de sexta-feira na Fundação Champalimaud.
O evento visa refletir o papel de Portugal no mundo — “um outro mundo que está a ser redesenhado”, recordou Cavaco Silva. “Será que a falta de dimensão territorial e económica poderá ser compensada com relevância estratégica?”, perguntou.
O chefe de Estado português enumerou recursos que o país pode potenciar: a “língua portuguesa”, a quinta mais falada do Mundo, a “diáspora”, representada por centenas de comunidades portuguesas, e o “mar”, “incontornável na nossa História”, recorda Cavaco Silva.
“Falar de esperança não chega”, disse. “É urgente concebê-la e transmiti-la através de uma visão fundamentada e coerente, sustentada num propósito onde as pessoas se possam rever.”
Organizada pela Presidência da República, esta conferência conta com as reflexões de figuras políticas (como Luís Amado, a espanhola Ana Palacio ou o egípcio Amr Moussa), académicos (como Kenneth Maxweel, Ming K. Chan ou Álvaro Vasconcelos) e da diplomacia (como António Monteiro e Pedro Catarino).
Artigo publicado no “Expresso Online”, a 12 de abril de 2013. Pode ser consultado aqui