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Universidade do Porto, muito mais do que uma academia. Até no combate à covid-19

Mais do que um espaço de ensino, a Universidade do Porto é, com os seus vários campus, empresas e startups, um dos principais motores de Ciência e Inovação em Portugal. Em tempos de pandemia, essas valências colocam a instituição na linha da frente desse combate. 2:59 JORNALISMO DE DADOS PARA EXPLICAR O PAÍS

O coronavírus empurrou-nos a todos para dentro de casa. Mas com competência, criatividade, espírito solidário
há todo um novo mundo que ganha forma sem que seja preciso sair à rua.

Nos primeiros dias da pandemia em Portugal, surgiu um projeto tecnológico com soluções criativas para minimizar o impacto da covid-19 nas nossas vidas. É o #tech4COVID19, uma plataforma digital, onde profissionais das mais diversas especialidades angariam fundos para comprar material hospitalar; apoiam professores, alunos e pais ao nível do ensino à distância; prestam assistência médica online; organizam serviços de entregas de bens.

O #tech4COVID19 tem vários projetos ativos e mais de 4000 voluntários, entre eles mais de 200 médicos. Este movimento, que é hoje uma realidade nacional, nasceu no Porto, pela mão de empreendedores e startups da cidade.

Desde 2007 que só na incubadora de empresas da Universidade do Porto já foram aprovadas mais de 550 startups, quase todas criadas por antigos alunos que começaram a concretizar as suas ideias de negócio ainda de capa e batina.

Atualmente, nos três campus da Universidade, funcionam 186 startups e 73 empresas.

Recentemente, a revista “Forbes” destacou três delas e colocou os seus fundadores na lista dos “30 melhores talentos europeus com 30 anos ou menos”.

A nível internacional, o Porto é hoje um dos polos tecnológicos que mais crescem na Europa. E a nível nacional, é mesmo a cidade que mais investimento tem captado para as startups. Recebe 36,71% do total de investimento feito no país, a maioria proveniente do estrangeiro.

Paralelamente ao universo das startups, no ecossistema da Universidade do Porto já foram criadas 91 empresas para explorar produtos ou tecnologias concebidos nos centros de investigação da academia.

A Universidade do Porto é hoje um dos principais motores de Ciência e Inovação em Portugal. E dois outros fatores alimentam essa realidade.
A Universidade tem ativas 335 patentes no país e no estrangeiro. Naquele que foi o melhor ano de Portugal ao nível do registo europeu de patentes, 17 tiveram o selo da Universidade do Porto.

Por outro lado, os seus investigadores são responsáveis por quase 1/4 da produção científica portuguesa. Entre 2013 e 2017, participaram em 23,8% dos artigos científicos produzidos em instituições nacionais. Praticamente metade foram elaborados em parceria com instituições científicas de todo o mundo.

Tudo isto contribui para que a Universidade do Porto seja um centro de estudo atrativo para jovens dos quatro cantos do mundo. Hoje, mais de 6000 alunos são estrangeiros, ou seja, 20% da totalidade dos estudantes. É uma diversidade que dá cor a esse “velho casario que se estende até ao mar…”

Episódio gravado por Pedro cordeiro.

Artigo publicado no “Expresso Online”, a 13 de abril de 2020. Pode ser consultado aqui

Com as universidades fechadas, há professores que se transformaram em… Youtubers

Com as escolas de todos os níveis de ensino de portas fechadas oficialmente, os professores montam a sua sala de aula onde e como podem. Para muitos, as modernas tecnologias são um precioso aliado

A sensação de descompressão durou pouco mais de um dia. Era sábado à noite e Sara Leitão desanuviava pelas ruas do Porto com duas amigas quando um telefonema da mãe a deixou incrédula. “Ela tinha acabado de ouvir nas notícias que a minha Faculdade ia fechar por causa do coronavírus”, conta ao Expresso esta estudante do segundo ano de Medicina no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), da Universidade do Porto.

“A minha primeira reação foi de felicidade, pois íamos ter a primeira avaliação dentro de poucas semanas”, confessa. Mas o relaxe não perdurou… “Logo na segunda-feira seguinte [faz hoje uma semana] tive uma aula por vídeo-chamada. O professor de Bioestatística e Métodos de Investigação contactou-nos pela manhã a perguntar se podíamos ter a aula por Skype, no horário normal. Como é uma disciplina opcional, somos poucos, cerca de 15”, o que facilitou a convocatória e a organização da vídeo-aula.

Sentada ao computador, ora via a imagem do professor ora o ecrã do seu portátil onde o docente ia projetando informação. Quando havia dúvidas, os alunos ligavam o microfone e interrompiam-no. “O balanço geral é que a sessão até foi mais produtiva do que uma aula presencial. Estávamos no nosso ambiente, mais confortáveis e mais atentos.”

Localizado junto ao Palácio de Cristal, o ICBAS partilha o espaço com a Faculdade de Farmácia onde uma aluna do segundo ano foi das primeiras pessoas infetadas com o Covid-19 em Portugal. Os colegas de turma dessa estudante ficaram de quarentena; Sara e todos os outros alunos do ICBAS e de Farmácia estão em “isolamento social” — ainda que com o horário escolar cada vez mais preenchido a cada dia que passa.

“Para os professores, isto é uma situação completamente nova, é algo que não estavam à espera e tiveram de reagir”, reconhece esta aluna de 20 anos. “Cada um deles tenta encontrar a melhor opção para concretizar as aulas à distância. O professor de Histologia tornou-se uma espécie de Youtuber. Grava-se a si próprio a dar as aulas e publica os vídeos numa aplicação que se chama Panopto e que permite ver os vídeos também no telemóvel. Os alunos estão a adorar este método porque permite assistir à aula mais do que uma vez. E podemos puxar para trás se não percebermos alguma coisa.”

Esta segunda-feira, Sara retomou as aulas de Microbiologia através da aplicação Zoom, que permite vídeoconferências

Com o ICBAS de portas fechadas oficialmente desde 7 de março, os professores montam a sua sala de aula onde e como podem. Para muitos, as modernas tecnologias são um precioso aliado. Esta segunda-feira, Sara retomou as aulas de Microbiologia através da aplicação Zoom, que permite vídeoconferências. Na semana passada, a aula de Patologia, dada para largas dezenas de alunos, aconteceu através da plataforma EPOP Conferências. “O funcionamento é muito semelhante ao do Skype, mas permitia um maior número de pessoas a assistir.”

Nas aulas de Anatomia Clínica, não há vídeo-aulas. “O professor disponibilizou power points ainda mais pormenorizados do que o habitual, e vamos estudar autonomamente.” No caso de dúvidas posteriores às aulas, os professores estão contactáveis por e-mail “e respondem bastante rápido”, testemunha. “É muito bom estarem tão disponíveis. E nota-se que estão mesmo a tentar arranjar a melhor solução. Alguns estão muito à vontade com as tecnologias, resolvem a situação rapidamente e sem ajuda, mas outros nota-se que têm dificuldade. Há uns dias, numa aula, havia alguém ao lado do professor a ajuda-lo a pôr um vídeo a funcionar.”

CORTESIA SARA LEITÃO

A disponibilidade dos docentes não é a mesma se o professor acumular com serviço nos hospitais. “Os professores que são médicos — temos muitos que trabalham no Santo António [um dos hospitais de referência para a pandemia do Covid-19] — estão numa situação mais complicada. Eles dizem que a prioridade deles não é avaliarem-nos, mas exercerem a sua profissão principal, o que é compreensível. Vivemos tempos difíceis.”

Mas aos poucos, o calendário de aulas teóricas vai-se preenchendo, tentando reproduzir o melhor possível os horários que tinham na universidade. “Na Faculdade, quando tínhamos aulas de duas horas, às vezes fazíamos cinco minutos de intervalo. Isso já aconteceu numa vídeo-aula, apesar de estarmos em casa.”

A maior incerteza dos estudantes prende-se com a realização dos exames. “Temos exames agendados, mas não sabemos se devemos começar aquele estudo mais intensivo porque não temos a certeza de que os exames vão acontecer”

A maior incerteza dos estudantes prende-se com a realização dos exames. “Temos exames agendados, mas não sabemos se devemos começar aquele estudo mais intensivo porque não temos a certeza de que os exames vão acontecer. Até agora, foi-nos dito que o calendário mantém-se, mas não sabemos como.”

Inicialmente, o ICBAS decretou a suspensão da atividade letiva durante 14 dias, mas aos primeiros dias da suspensão foi comunicado aos alunos que a situação era para se manter indefinidamente. Nos momentos em que não está ao computador, Sara areja pelas redondezas da casa onde vive com os pais, em Vila Nova de Gaia, na companhia da cadela Benny. Dentro de portas, relaxa-a uma descoberta recente — a arte do ponto cruz — e já lhe ocorreu voltar a pegar no Violoncelo, que encostou quando entrou para a Universidade.

Certo é que o isolamento é para cumprir. “Na semana passada, ainda fui estudar com umas amigas e tive um jantar de aniversário, mas já tomei a decisão e não vou sair mais de casa até novas ordens. É mesmo uma questão de precaução.”

Artigo publicado no “Expresso Diário”, a 16 de março de 2020. Pode ser consultado aqui

Quando ir à escola é um risco, a UNICEF responde com soluções criativas

Uma ponte partida, um rio revolto, já para não falar em situações de guerra, são obstáculos suficientemente fortes para demover as crianças de irem à escola. No Dia Universal dos Direitos da Criança — a educação é um deles —, que se assinala esta segunda-feira, a UNICEF revela ao Expresso alguns projetos em curso para contornar essas armadilhas

Um menino vai para a escola numa piroga, através da planície inundada de Barotse, na Zâmbia JOHN JAMES / UNICEF

Ir à escola é, para milhões de crianças em todo o mundo, um verdadeiro desafio à sobrevivência. Faz-se, muitas vezes, através de pontes esburacadas, de rios com a água pelos joelhos ou por trilhos montanhosos ladeados por escarpas íngremes.

“A UNICEF trabalha com parceiros no terreno para garantir escolas e percursos seguros”, diz ao Expresso Lisa Bender, especialista na área de Educação em Situações de Emergência da UNICEF. “Há cada vez mais soluções inovadoras ao serviço de uma educação de qualidade.”

Em Madagáscar, por exemplo, esta agência das Nações Unidas, que trabalha em defesa dos direitos das crianças, forneceu bicicletas e canoas a adolescentes do sexo feminino que vivem em zonas rurais e para quem a lida da casa é prioritária em relação aos estudos. Para muitas meninas, as horas do dia não chegam para tudo o que têm em mãos. Com um recurso tão simples como uma bicicleta, vão e vêm da escola muito mais rapidamente, deixam de chegar atrasadas a todo o lado e, o mais importante, não abandonam a escola tão facilmente.

Um outro projeto da UNICEF está a ser concretizado no Bangladesh, onde os rios são um problema, sobretudo nos meses das monções, época em que os caudais sobem metros, tudo fica inundado, aldeias ficam isoladas e escolas são forçadas a fechar.

Através de uma ONG local, a Shidhulai Swanirvar Sangstha, a UNICEF apoia a manutenção de uma frota de “navios-escola”, reconstruídos a partir das tradicionais embarcações “noka”. Com telhados à prova de chuvas intensas, estão equipados com painéis solares, o que permite a utilização de computadores nas aulas. Há também barcos-biblioteca, outros para formação de adultos e clínicas flutuantes que se deslocam para zonas remotas.

Combater o Boko Haram… com a rádio

“A UNICEF está também a explorar, cada vez mais, de que forma a tecnologia pode trazer conhecimento a comunidades remotas”, acrescenta Lisa Bender. Até lá, o recurso a velhas tecnologias tem-se revelado eficaz. “A rádio pode desempenhar um papel-chave em tempos de crise. Durante o surto de ébola, na África Ocidental, a UNICEF e parceiros no terreno usaram o rádio para dar aulas a crianças nas áreas afetadas”, diz a especialista da organização da ONU.

“Estes esforços continuam em países como a Nigéria, onde a crise provocada pelo [grupo islamita] Boko Haram está a ter um impacto prejudicial no acesso das crianças à escolaridade.” (“Boko”, em língua hausa, significa algo como educação ocidental secular, ou seja não-islâmica, e “haram”, em árabe, significa “proibido”.)

Muito do trabalho da UNICEF no terreno apoia-se em parceiros locais, conhecedores do meio, das sensibilidades sociais e culturais e das necessidades. “A educação é um direito humano fundamental e um requisito muito importante para o desenvolvimento não só individual das crianças mas das sociedades e economias como um todo”, recorda Lisa Bender. “Temos de encontrar formas de tornar a educação disponível.”

A UNICEF está atenta também às zonas em guerra. Segundo um relatório da organização de setembro passado, em 2015, havia 27 milhões de crianças sem escola em regiões afetadas por conflitos, declarados ou latentes. É o caso do território palestiniano da Cisjordânia, onde a ocupação israelita faz-se (também) através de postos de controlo, o que obriga muitas crianças a cruzarem-se, diariamente, com militares e armas a caminho da escola.

A pensar no stresse provocado por situações do género, a UNICEF apoia um projeto de percursos acompanhados, na zona H2 de Hebron (Cisjordânia) — área sob controlo militar de Israel, onde vivem 500 colonos judeus entre 30 mil palestinianos. Em parceria com o Programa de Acompanhamento Ecuménico na Palestina e pelas Equipas Pacificadoras Cristãs, este programa passa por colocar voluntários internacionais a acompanhar grupos de crianças no seu caminho para a escola. Estes adultos transmitem confiança e segurança às crianças, induzem os militares israelitas a fazerem controlos mais céleres nos checkpoints e dissuadem o assédio e atos de violência por parte dos colonos. A sua presença encoraja as crianças a não abandonarem a escola.

Uma instituição beneficiada por este projeto é a Escola de Cordoba, junto aos colonatos de Beit Hadassah e de Beit Romano. No passado, foi várias vezes vandalizada por colonos, o que levou à colocação de arame farpado em redor de parte da escola.

“A falta de acessos seguros para as crianças irem à escola pode ser um grande obstáculo para que, em especial as meninas, recebam educação”, conclui Lisa Bender. “É por esta razão que escolas comunitárias, como as que temos no Afeganistão, podem verdadeiramente ajudar a derrubar estes obstáculos e dar às crianças a possibilidade de irem à escola num ambiente seguro. Estas escolas comunitárias não só incentivam as meninas a matricularem-se, como contribuem para melhorar resultados e aprendizagem.”

Artigo publicado no “Expresso Online”, a 20 de novembro de 2017. Pode ser consultado aqui. A fotogaleria “Arriscar a vida para ir à escola” pode ser consultada aqui

Escola nova na Palestina com dinheiro português

Governo português financiou uma escola na região de Nablus. Mas à conta da crise não se preveem novas ações de cooperação

Foi hoje inaugurada, na região de Nablus (norte da Cisjordânia), a Escola Feminina de Beit Furik, financiada pelo Governo português. A estrutura inclui 16 salas de aula, totalmente equipadas, e irá acolher 470 alunas.

O projeto custou um milhão de dólares (cerca de 740 mil euros) e decorre do Protocolo de Cooperação celebrado entre Portugal e a Autoridade Nacional Palestiniana em 2009. O documento previa a construção de três escolas de ensino básico, num custo total de três milhões de dólares (2,2 milhões de euros).

A primeira escola foi inaugurada em 2010, em Qalqis, na região de Hebron. Em junho de 2011, começou a construção do segundo estabelecimento de ensino, hoje inaugurado. Os valores desembolsados pela cooperação portuguesa dizem respeito aos anos orçamentais de 2009 e 2010.

Em virtude das dificuldades económicas entretanto surgidas, “foi acordado posteriormente com as autoridades palestinianas restringir o protocolo à construção de duas escolas”, explicou ao Expresso Jorge Lobo Mesquita, Chefe de Missão da Representação de Portugal em Ramallah. 

“Neste momento, não se prevê o desenvolvimento de novas ações de cooperação nos territórios palestinianos ocupados.”

Mais crise, menos cooperação

Para além do diplomata português, marcaram presença na cerimónia de inauguração Ali Zaidan Abu Zuhri, ministro palestiniano da Educação, e Jibreen al-Bakri, governador de Nablus, uma das principais cidades da Cisjordânia. A escola situa-se no sopé do colonato judeu Itamar, maioritariamente povoado por judeus ortodoxos.

“O ministério da Educação local acompanhou a construção da escola, sob supervisão de auditores internacionais, num modelo semelhante ao aplicado pela comunidade doadores”, disse o diplomata.

Portugal abriu a sua representação diplomática em Ramallah em 1999 e, desde então, apoiou a construção de uma residência universitária feminina na Universidade Al-Najah, em Nablus, e ainda a construção de um campo desportivo na localidade de Al-Khader, na área de Belém.

Através dos orçamentos de cooperação dos 28 Estados membros e do orçamento comunitário, a União Europeia é quem mais contribui, em ajuda externa, para a Palestina.

Dia de inauguração é dia de festa, em qualquer parte do mundo e na Palestina também…
Em Nablus, uma das grandes cidades da Cisjordânia, foi inaugurada a “Escola Portuguesa”
Centenas de jovens da localidade de Beit Furik participaram na cerimónia…
… e realizaram vários momentos culturais, incluindo a tradicional dança folclórica “Dabka”
“Sejam bem vindos”, lê-se no cartaz exibido por esta aluna
A escola Beit Furik é um estabelecimento de ensino feminino
O Governo português financiou a construção do edifício e os equipamentos das salas
A escola tem capacidade para acolher 470 alunas…
… e foi construída num terreno doado pela Câmara Municipal de Beit Furik
O representante diplomático de Portugal em Ramallah, Jorge Lobo Mesquita, e o ministro palestiniano da Educação, Ali Zaidan Abu Zuhri, cortam a fita
No seu discurso, o ministro palestiniano valorizou o facto da construção da escola ter obedecido aos mais altos padrões internacionais de engenharia
O governador de Nablus, Jibreen al-Bakri, referiu que os colonatos e as práticas de ocupação israelitas causam sofrimento na região
A Escola Beit Furik fica no sopé do colonato Itamar, maioritariamente habitado por judeus ortodoxos
As alunas também se fizeram ouvir durante a cerimónia de inauguração
O diplomata português recordou os laços de amizade fortes e históricos entre os dois povos
Os palestinianos agradecem ao “Governo e ao povo irmão de Portugal”, lê-se na placa oferecida

Artigo publicado no “Expresso Online”, a 4 de novembro de 2013. Pode ser consultado aqui

AJUDA PORTUGUESA CHEGA AO AFEGANISTÃO

Na escola secundária de Pol-e-Charki, a 5 km de Cabul, a maioria dos alunos tem aulas ao relento, uns debaixo de uma cobertura de zinco, outros a céu aberto, com as carteiras dispostas no meio do recreio. No passado dia 27, uma grande quantidade de material escolar oferecido por particulares, empresas e instituições portuguesas foi distribuída por militares lusos. A escola acolhe cerca de 5500 jovens e crianças, distribuídos por 140 turmas. Graças à ajuda do contingente português, a escola dispõe já de 32 salas de aula. Fica a faltar um espaço de lazer e… luz, saneamento e água potável.

FOTO CONTINGENTE PORTUGUÊS

Artigo publicado no “Expresso”, a 6 de agosto de 2011. Pode ser consultado aqui