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Netanyahu nos EUA: sem saber quem será o próximo Presidente, o primeiro-ministro de Israel tenta fazer o pleno

A visita de Benjamin Netanyahu a Washington estava agendada há meses, mas acabou por coincidir com um momento turbulento da política norte-americana. Joe Biden sairá em breve da Casa Branca, Kamala Harris anda atarefada com a campanha, Donald Trump ainda não esqueceu a deslealdade do israelita e, no Congresso, cerca de metade dos democratas boicotaram o seu discurso. Netanyahu arrisca-se a regressar a casa sem o apoio que procura

O primeiro-ministro de Israel está nos Estados Unidos para uma visita programada há meses que acabou por coincidir com um período conturbado do país.

Contestado dentro de portas, em especial devido ao falhanço no resgate dos reféns israelitas, e sem certezas relativamente a quem será o futuro inquilino da Casa Branca, Benjamin Netanyahu tenta jogar em vários tabuleiros.

Reuniu-se com Joe Biden (o atual Presidente) e seguem-se os dois potenciais sucessores: Kamala Harris (democrata) e Donald Trump (republicano). E fez história no Congresso. Quatro momentos.

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Reunião com Joe Biden

Benjamin Netanyahu e Joe Biden, na Sala Oval da Casa Branca JIM WATSON / AFP / GETTY IMAGES

Quatro dias após anunciar que abdicava da corrida à reeleição, o Presidente dos EUA abriu as portas da Casa Branca, mais uma vez, a Benjamin Netanyahu.

Dentro da Sala Oval, diante dos jornalistas, o israelita correspondeu à especificidade do momento e, ao estilo de uma despedida, prestou tributo ao norte-americano, que se estreou na política na década de 1970. “Quero agradecer-lhe pelos 50 anos de serviço público e 50 anos de apoio ao Estado de Israel”, disse.

A presença, na reunião entre ambos, de familiares de reféns, que viajaram para os EUA juntamente com Netanyahu, revelou a centralidade do tema na conversa.

A Administração Biden tem pressionado Netanyahu a terminar os combates e a apresentar planos para o dia seguinte ao fim da guerra na Faixa de Gaza. Esse braço de ferro levou, inclusive, Washington a suspender a entrega de armamento a Israel.

A reunião com Biden levou Israel a atrasar a partida de uma equipa de negociadores israelitas para o Catar, onde é suposto serem retomadas as negociações com vista à obtenção de um acordo de libertação dos reféns.

Esta quinta-feira, o diário israelita “Haaretz” questionou a real intenção de Netanyahu nesta deslocação. “O objetivo da viagem de Benjamin Netanyahu a Washington, incluindo a sua comparência diante do Congresso dos EUA, não é nem nunca foi avançar com um acordo diplomático para trazer para casa os reféns israelitas em segurança, enquanto ainda estão vivos, e pôr fim aos combates e ao sofrimento. Em vez disso, foi concebido para angariar o apoio interno americano para continuar a fazer a guerra.”

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Discurso no Congresso

Benjamin Netanyahu realizou o seu quarto discurso no Congresso dos Estados Unidos KENT NISHIMURA / GETTY IMAGES

Netanyahu fez história na quarta-feira e tornou-se o líder estrangeiro a discursar mais vezes numa sessão conjunta do Congresso dos EUA. Já o tinha feito em 1996, 2011 e 2015.

Com este quarto discurso, ultrapassou o primeiro-ministro britânico Winston Churchill que se dirigiu aos legisladores norte-americanos por três vezes.

Como tem sido habitual, nas intervenções de Netanyahu para fora de Israel, o discurso no Congresso foi amplamente marcado por críticas ao Irão — palavra que repetiu 23 vezes.

Netanyahu acusou o Irão de estar “praticamente por detrás de todo o terrorismo, de toda a turbulência, de todo o caos, de toda a matança” no Médio Oriente e também de “financiar os protestos anti-Israel que estão a acontecer neste momento à porta deste edifício”.

Não foi só fora do edifício do Capitólio que a presença de Netanyahu gerou contestação. No interior, enquanto ele discursava, a democrata Rashida Tlaib, membro da Câmara dos Representantes de ascendência palestiniana, levantou uma placa em que se lia: “criminoso de guerra” e “culpado de genocídio”.

“Todos os países que estão em paz com Israel e todos os países que farão a paz com Israel deveriam ser convidados a aderir a esta aliança”, que designou de “Aliança de Abraão”.

Sensivelmente metade dos congressistas democratas boicotaram a sessão. Não foi o caso de Nancy Pelosi, a antiga presidente da Câmara dos Representantes, para quem a intervenção de Netanyahu “foi de longe a pior apresentação de qualquer dignitário estrangeiro convidado e honrado com o privilégio de discursar no Congresso dos EUA”.

“Muitos de nós que amamos Israel passámos hoje algum tempo a ouvir os cidadãos israelitas cujas famílias sofreram na sequência do ataque terrorista e dos raptos do Hamas, a 7 de outubro. Estas famílias pedem um acordo de cessar-fogo que traga os reféns para casa — e esperamos que o primeiro-ministro dedique o seu tempo a alcançar esse objetivo”, escreveu na rede social X.

Na audiência, estava Noa Argamani, uma antiga refém, resgatada no âmbito de uma operação das forças de Israel, a 8 de junho. Atrás de Noa, estava o empresário Elon Musk, apoiante de Donald Trump e convidado por Netanyahu para assistir ao evento. Nas redes sociais, o ilustrador israelita Yotam Fiszbein recordou que 120 reféns — atualmente 115 — ficaram privados de o ouvir.

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Encontro com Kamala Harris

Contrariamente ao que aconteceu com Trump, Netanyahu não se referiu por uma única vez a Kamala Harris no seu discurso no Congresso. Possivelmente, o encontro entre a vice-Presidente norte-americana e o primeiro-ministro israelita — previsto para esta quinta-feira à noite — não seria agendado se, entretanto, Kamala não tivesse ganho relevância na corrida à Casa Branca.

Kamala Harris — que é casada com um judeu, o advogado Doug Emhoff — vê-se assim forçada a elaborar, olhos nos olhos com Netanyahu, sobre um dos assuntos mais sensíveis do momento: a relação com Israel, com uma guerra como a que se trava na Faixa de Gaza.

Num discurso em março, em Selma (Alabama), por ocasião do 59.º aniversário do Domingo Sangrento, ela defendeu “um cessar-fogo imediato” e qualificou a situação em Gaza de “catástrofe humanitária”.

E acrescentou: “O Governo israelita deve fazer mais para aumentar significativamente o fluxo de ajuda humanitária. Sem desculpas”. A televisão NBC noticiou que o seu discurso foi previamente suavizado, já que uma primeira versão era mais dura relativamente à atuação de Israel.

Uma multidão concentrou-se em frente ao Capitólio, a sede do Congresso dos EUA, para dizer a Netanyahu que é “procurado” por crimes de guerra ALEX WONG / GETTY IMAGES

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Visita a Donald Trump

A pedido do primeiro-ministro israelita, Netanyahu e Donald Trump têm encontro agendado, esta sexta-feira, na residência privada do norte-americano em Mar-a-Lago, na Florida.

A reunião foi anunciada por Trump, na rede social que fundou, Truth Social. “Durante o meu primeiro mandato, tivemos paz e estabilidade na região, assinando até os históricos Acordos de Abraão — e vamos voltar a tê-los.”

Trump foi, desta forma, ao encontro das palavras de Bibi que, no Congresso, agradeceu ao candidato republicano pela mediação dos históricos acordos que normalizaram a relação diplomática entre Israel e um conjunto de países árabes (Emirados Árabes Unidos, Bahrain, Sudão e Marrocos).

“Quero também agradecer ao Presidente Trump por todas as coisas que fez por Israel, desde o reconhecimento da soberania de Israel sobre os Montes Golã, ao confronto com a agressão do Irão, ao reconhecimento de Jerusalém como a nossa capital e à transferência da embaixada americana para lá. Essa é Jerusalém, a nossa capital eterna que nunca mais será dividida”, disse Netanyahu.

Desde que Trump deixou de ser Presidente, a relação entre ambos degradou-se. O norte-americano não gostou de ver o israelita entre os líderes que se apressaram a parabenizar Biden pela eleição, em 2020, e acusou-o de deslealdade. “Que se f…”, disse numa entrevista em 2021.

Trump também instou publicamente o primeiro-ministro a terminar rapidamente com a guerra para possibilitar o regresso dos reféns. Na semana passada, na convenção republicana de Milwaukee, referiu-se ao assunto: “E para o mundo inteiro, digo-vos isto: queremos os nossos reféns de volta — e é melhor que eles voltem antes de eu assumir o cargo, ou vocês pagarão um preço muito alto”.

(FOTO PRINCIPAL O rosto de Benjamin Netanyahu numa faixa colocada na linha de mira da cúpula do Capitólio, a sede do Congresso dos EUA NATHAN HOWARD / REUTERS)

Artigo publicado no “Expresso Online”, a 25 de julho de 2024. Pode ser consultado aqui

Estados Unidos-Israel, uma aliança à prova de bala

Os dois países têm uma relação baseada em valores, interesses e na culpa pelo Holocausto

Quando o dia 29 de novembro de 1947 amanheceu e começou a contagem decrescente para a votação, na Assembleia-Geral das Nações Unidas, do plano de partilha da Palestina num Estado judeu e noutro árabe, os judeus não tinham a certeza de que o escrutínio estivesse ganho. Para que o sonho se tornasse realidade, dois terços dos 57 membros da organização — dez deles países muçulmanos — teriam de dizer “sim”.

Nos dias prévios à votação, parte da estratégia da Agência Judaica — uma espécie de Governo oficioso dos judeus da Palestina — passou por identificar países indecisos ou contrários à sua pretensão e exercer a pressão possível, de forma direta ou via terceiros. Um dos alvos foi a Libéria, dos poucos Estados africanos independentes, que era hostil à divisão da Palestina.

A Libéria era quase propriedade da Firestone, a fabricante de pneus criada em 1900, em Nashville, Tennessee, que ali possuía 400 mil hectares de plantações de árvores de borracha. Pressionado pela Casa Branca, o diretor Harvey Firestone fez saber ao Presidente da Libéria, William Tubman, que um voto contra o Estado judeu faria perigar futuros investimentos. A Libéria trocou o voto e contribuiu para a maioria de 33 países que viabilizou o nascimento de Israel.

Compensar sobreviventes

O Presidente dos Estados Unidos era Harry Truman, um dos líderes aliados que participaram na Conferência de Potsdam (Alemanha) sobre o pós-guerra, dois anos antes. “Vi alguns lugares onde os judeus foram massacrados pelos nazis. Seis milhões de judeus foram mortos: homens, mulheres e crianças. É minha esperança que tenham uma casa onde possam viver”, afirmou.

Truman era a voz do sentimento de culpa partilhado por muitos americanos relativamente ao Holocausto e à inação internacional que permitiu todo aquele horror. Uma forma de compensar os sobreviventes era dar-lhes um Estado na terra com que sonhavam. Quando, a 14 de maio de 1948, os judeus declararam a independência do Estado de Israel, os Estados Unidos reconheceram-na no próprio dia.

Passados mais de 75 anos, a solidez da relação entre Israel e os Estados Unidos ficou provada na visita-relâmpago que Joe Biden realizou a Israel, a 18 de outubro, 11 dias após o bárbaro ataque do Hamas. Biden e o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, estão longe de se admirarem. Quando foi eleito, o americano demorou a telefonar ao israelita, no que foi entendido como uma manifestação de distanciamento. Mas em contexto de crise — como o 7 de outubro —, é indiferente quem está no poder em Washington ou Telavive para a aliança se impor.

“O apoio, em 1947, ao estabelecimento de Israel, pelos Estados Unidos e também pela União Soviética e pela maioria dos membros da ONU, teve que ver com o Holocausto, embora essa não tenha sido a única razão”, diz ao Expresso Natan Sachs, diretor do Centro para Política do Médio Oriente do Brookings Institution. “Esta é uma relação de longa data, que tem que ver com um sentimento de valores partilhados em torno da democracia e de ameaças do terrorismo, sobretudo depois do 11 de Setembro. Há também uma afinidade generalizada com a ideia de Israel como país de refugiados que ali constroem uma vida nova. A narrativa em si tem grande influência no imaginário americano.”

Segundo a Agência Judaica, em 2023 havia 15,7 milhões de judeus em todo o mundo. A esmagadora maioria vivia em Israel (7,2 milhões) e nos Estados Unidos (6,3 milhões). As sondagens dizem que cerca de 75% dos judeus americanos votam no Partido Democrata e que a maioria defende dois Estados.

A máscara de Netanyahu

Domingo passado, dois dias após conversar com Biden, ao telefone, e de o ter ouvido defender “uma solução de dois Estados com a segurança de Israel garantida”, Netanyahu deixou cair a máscara. “Não vou comprometer o controlo total da segurança israelita sobre todo o território a oeste da Jordânia [Cisjordânia e Faixa de Gaza incluídas]. E isto contraria um Estado palestiniano”, escreveu na rede social X.

“Não creio que a Administração Biden tenha sido equívoca quanto ao seu apoio a esse tipo de horizonte político [dois Estados]. A questão é mais como lá chegar. Neste momento, as condições entre israelitas e palestinianos são tais que esta é uma possibilidade muito distante”, acrescenta Sachs.

À semelhança do eleitorado, “a maioria dos líderes democratas desde o Presidente Clinton disse apoiar os dois Estados”, diz ao Expresso Joel Beinin, professor emérito de História do Médio Oriente, na Universidade de Stanford (Califórnia). “Exceto Clinton, que fez muito pouco e demasiado tarde, nenhum fez por que isso acontecesse. Biden também não. Numa eleição acirrada como a deste ano, não arriscará perder um voto por causa disso”. A seu ver, “enquanto Netanyahu for primeiro-ministro, desafiará Biden nesta questão, e Biden terá medo de parecer fraco”.

A proteção do veto

Beinin diz que Israel é um parceiro especial dos Estados Unidos também pelo seu papel “na manutenção da hegemonia imperial americana, não apenas no Médio Oriente, mas a nível global”. Ainda que, nos últimos anos, a Casa Branca tenha escolhido o Pacífico como prioridade estratégica, Israel não é percecionado em Washington como um fardo. “Enquanto os Estados Unidos puderem contar com Israel no Médio Oriente, será mais fácil mudar para o Pacífico.”

Ao longo dos anos, a influência dos Estados Unidos sobre Israel tem-se feito de múltiplas formas. Nos anos 90, exerceu-se, em especial, através de ajudas financeiras, sob a forma de garantias de empréstimos. Hoje, diz Sachs, já não há tanto dinheiro envolvido. “Os Estados Unidos fornecem uma grande quantidade de ajuda militar, que é gasta nos Estados Unidos, na indústria das armas, que depois vão para Israel.”

Há ainda a cobertura que a diplomacia americana garante aos interesses israelitas na ONU. “Muitas vezes, vetaram resoluções desfavoráveis a Israel no Conselho de Segurança.” Foi o que aconteceu a 8 de dezembro, relativamente a uma resolução que apelava ao “cessar-fogo humanitário imediato” em Gaza.

A 23 de dezembro de 2016, Barack Obama rompeu com essa prática de décadas e, numa decisão que enfureceu Israel, ordenou a abstenção americana numa resolução que defendia que os colonatos israelitas na Cisjordânia são uma violação do direito internacional.

Sachs não gosta do adjetivo “incondicional” para rotular a relação privilegiada. “Há um apoio muito forte, em parte porque Israel é muito popular entre o povo americano. Se olharmos para as sondagens, mesmo agora, quando há mais críticas a Israel da esquerda e da geração mais jovem, Israel ainda é esmagadoramente popular nos Estados Unidos.”

(IMAGEM Bandeiras dos Estados Unidos e de Israel DEVIANT ART)

Artigo publicado no “Expresso”, a 26 de janeiro de 2024. Pode ser consultado aqui e aqui

Trump para Netanyahu: Israelitas e palestinianos, “ambos têm de fazer concessões. Sabe disso, não sabe?”

A privilegiada relação entre os Estados Unidos e Israel abriu esta quarta-feira um novo capítulo. Donald Trump recebeu Benjamin Netanyahu na Casa Branca e, contrariamente aos seus antecessores, não fez a apologia da solução de dois Estados para o conflito israelo-palestiniano

Há menos de um mês na Casa Branca, Donald Trump recebeu, esta quarta-feira, Benjamin Netanyahu para um encontro aguardado com grande expectativa. Dali, antevia-se, poderia sair uma inversão na posição de décadas dos Estados Unidos de defesa da solução de dois Estados para o conflito israelo-palestiniano.

Numa conferência de imprensa realizada antes do encontro em privado entre o Presidente dos EUA e o primeiro-ministro de Israel, Trump não fez a defesa acérrima dessa fórmula. Mas também não estendeu a passadeira aos israelitas que Netanyahu teria gostado.

Trump reafirmou o “vínculo inquebrável” entre os dois países, acrescentando que Israel “terá de mostrar alguma flexibilidade” em algumas posições, que gostaria de ver “um pouco” de contenção na construção de colonatos e que a obtenção de um acordo depende do diálogo entre israelitas e palestinianos.

“São as partes que têm de negociar diretamente” um acordo de paz. “E ambos os lados têm de fazer concessões. Sabe disso, não sabe?”, afirmou, virando-se para Netanyahu, que, apanhado de surpresa, deixa escapar em seco: “Falaremos disso”.

“Muito cuidado” na mudança da embaixada para Jerusalém

Questionado, em concreto, sobre se defende um ou dois Estados na região, o chefe de Estado norte-americano disse que concordará com o que as partes decidirem. “Ficarei feliz com aquele [tipo de Estado] que eles gostarem mais”, disse Trump.

Já em relação à eventual mudança da embaixada norte-americana de Telavive para Jerusalém — a cidade santa que israelitas e palestinianos reclamam para sua capital —, garantiu que os EUA tratarão desse assunto “com muito cuidado”.

Benjamin Netanyahu defendeu que “os colonatos não são o coração do conflito”. Para o governante israelita, há dois pré-requisitos para a paz que exige aos palestinianos: o reconhecimento de Israel como um Estado judeu e a salvaguarda das necessidades de segurança a oeste do rio Jordão, ou seja, no território palestiniano ocupado da Cisjordânia.

“Temos de procurar novas formas” de alcançar a paz, disse “Bibi” (como é também conhecido), defendendo uma abordagem regional do conflito em conjunto com os países árabes. “Pela primeira vez na vida de Israel e na minha vida [Israel foi criado em 1948 e Netanyahu nasceu no ano seguinte], países árabes na região não veem Israel como um inimigo mas antes como um aliado.”

Trump confirmou que os dois líderes têm falado acerca da possibilidade de “um grande acordo” regional, “envolvendo muitos, muitos países”. “Não sabia que ía menciona-lo”, disse Trump, virando-se para Netanyahu, “mas já que o fez, é uma coisa fantástica”.

Netanyahu foi o segundo líder do Médio Oriente a ser recebido por Donald Trump em Washington — o primeiro foi o rei da Jordânia, Abdallah II, a 2 de fevereiro. Já Trump foi o quarto Presidente norte-americano que “Bibi” visitou enquanto primeiro-ministro de Israel, a seguir a Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama. Netanyahu foi primeiro-ministro entre 1996 e 1999 e está no cargo desde 2009.

Artigo publicado no “Expresso Online”, a 15 de fevereiro de 2017. Pode ser consultado aqui