As adversidades provocadas pela pandemia inspiraram pasteleiros e cozinheiros a rechear as ementas dos seus espaços com petiscos e guloseimas adaptados aos novos tempos. Hambúrgueres em forma de vírus, bolachas com máscaras de creme, bolos injetados com geleia, papel higiénico feito de pasta de açúcar. Nem sempre um encontro com o ‘vírus’ é uma experiência desagradável
Neste restaurante em Hanói, no Vietname, a ementa foi enriquecida com um ‘corona burguer’ MANAN VATSYAYANA / AFP / GETTY IMAGESVírus ou vacina? Na montra deste café em Praga, na República Checa, qualquer das opções é um doce DAVID W CERNY / REUTERSCom olhos e de máscara postam estas bolachas ‘ganharam vida’, numa confeitaria de Dortmund, na Alemanha INA FASSBENDER / AFP / GETTY IMAGESVírus com diferentes estados de humor, numa padaria do território palestiniano da Faixa de Gaza IBRAHEEM ABU MUSTAFA / REUTERSInjeções de geleia de framboesa ‘vacinam’ bolas de Berlim, num café de Muri, na Suíça STEFAN WERMUTH / AFP / GETTY IMAGESNesta padaria alemã, os bolos em forma de rolos de papel higiénico são um ‘bestseller’ INA FASSBENDER / AFP / GETTY IMAGESUm ‘Caril Covid’ e uma ‘Máscara Naan’, a caminho da mesa, num restaurante de Jodhpur, na Índia SUNIL VERMA / AFP / GETTY IMAGESUm bolo decorado a preceito para um 34.º aniversário em ano de pandemia, na cidade da Guatemala JOHAN ORDONEZ / AFP / GETTY IMAGESUma homenagem ao teletrabalho, numa confeitaria alemã INA FASSBENDER / AFP / GETTY IMAGES“Adeus covid-19, não farás falta”, diz a mensagem espetada nos biscoitos em forma de seringa ‘com o RNA mensageiro’ INA FASSBENDER / AFP / GETTY IMAGESUm ‘coronavírus’ feito de chocolate e coberto de amêndoa colorida, numa cozinha de Landivisiau, em França DAMIEN MEYER / AFP / GETTY IMAGES“Sandesh da Imunidade” feito com quinze ervas e especiarias, e mel dos Himalaias “para aumentar a sua imunidade”, numa pastelaria de Calcutá, na Índia DIBYANGSHU SARKAR / AFP / GETTY IMAGESPão em forma de vírus, antes de ir a cozer, num restaurante de Hanói, no Vietname NGUYEN HUY KHAM / REUTERSBolos e pasteleiros, todos com máscara de proteção, numa padaria da cidade palestiniana de Khan Yunis, na Faixa de Gaza ASHRAF AMRA / GETTY IMAGESUm bolo com o formato de um vírus sorridente, na montra de um café de Cracóvia, na Polónia BEATA ZAWRZEL / GETTY IMAGESUma pasteleira mexicana decora um bolo temático sobre a covid-19, em Guadalajara ULISES RUIZ / AFP / GETTY IMAGESPapel higiénico feito de pasta de açúcar, na montra de uma confeitaria de Kuala Lumpur, na Malásia MOHD RASFAN / AFP / GETTY IMAGESNo terraço de uma casa na aldeia palestiniana de Dar Salah, na Cisjordânia, um bolo em forma de vírus é a estrela do lanche HAZEM BADER / AFP / GETTY IMAGESBolachas com máscaras de creme, num café da cidade alemã de Wangen im Allgäu FELIX KÄSTLE / GETTY IMAGESBombons em forma de vírus, numa pastelaria da cidade alemã de Erfurt MICHAEL REICHEL / GETTY IMAGESUm ‘coronaburguer’, criado num restaurante de Hanói, a capital do Vietname NGUYEN HUY KHAM / REUTERSUm vírus com máscara ‘para se proteger de si próprio’, na montra de um café em Banguecoque, na Tailândia LILLIAN SUWANRUMPHA / AFP / GETTY IMAGESUm pasteleiro grego decora bolos com uma injeção de esperança em relação ao fim da pandemia, em Thessaloniki ALEXANDROS AVRAMIDIS / REUTERSBolos para todos os gostos e decorados com o mesmo tema, na cidade palestiniana de Khan Yunis, na Faixa de Gaza MOHAMMED ABED / AFP / GETTY IMAGESUm ‘vírus’ tratado com todo o requinte, num café de Praga, na República Checa DAVID W CERNY / REUTERS
Artigo publicado no “Expresso Online”, a 9 de março de 2021. Pode ser consultado aqui
No seu primeiro ano na Casa Branca, Donald Trump subiu à tribuna das Nações Unidas para falar de guerra. No segundo, deu um impulso ao muro na fronteira com o México. No ano seguinte, foi alvo de um processo de impugnação no Congresso, o primeiro. E no último ano, obcecado com a reeleição, negligenciou o combate a uma pandemia mortífera. Uma presidência única em 40 imagens
O 45º Presidente dos Estados Unidos, que cessa funções esta quarta-feira, fica para a História como um líder único a vários níveis. Instável, impreparado e egocêntrico, foi o candidato derrotado que mais votos teve numas eleições presidenciais e foi também o único Presidente a ser impugnado duas vezes. Após quatro anos de uma presidência turbulenta, deixa um país mais dividido do que nunca.
1º ANO Ameaça de guerra na casa da paz
Há precisamente quatro anos, a 20 de janeiro de 2017, Donald Trump sucedeu a Barack Obama na presidência dos EUA. Nesse dia, a cordialidade que foi possível testemunhar no contacto entre os Obama e os Trump não deixaria antever a “guerra” que o republicano declararia ao legado do seu antecessor: criticou-o de forma rude, reverteu uma série de decisões importantes, retirando o país de compromissos internacionais (como o Acordo de Paris ou o acordo sobre o programa nuclear do Irão), e empenhou-se até à última em destruir o sistema de saúde que ficou conhecido como Obamacare.
Aos quatro meses de presidência, Trump realizou a sua primeira visita oficial ao estrangeiro. O tour por seis territórios levou-o prioritariamente à Arábia Saudita, num claro sinal de preferência pelo gigante sunita no braço de ferro com o rival Irão, que Trump haveria de castigar com sucessivas sanções.
Durante o primeiro ano na Casa Branca, Trump privou com os pesos-pesados da geopolítica mundial. Realizou uma visita de Estado à China e, na cimeira do G7, em Hamburgo, reuniu-se à margem do evento com o homólogo russo, Vladimir Putin.
Ao longo do mandato, Trump manteria com a Rússia uma trégua que levantou suspeitas — não reagindo a relatos de interferência de hackers russos em instituições americanas, a notícias de que Moscovo pagava aos talibãs para matar soldados americanos no Afeganistão ou não condenando o Kremlin no caso Navalny.
Inversamente, com a China, a relação pegaria fogo: numa primeira fase sob a forma de uma guerra comercial e depois responsabilizando a China pela pandemia que tomou o mundo de assalto.
Num registo nunca antes visto num Presidente dos EUA, a 19 de setembro de 2017, Trump aproveitou o púlpito da Assembleia-Geral das Nações Unidas para quase declarar guerra à Coreia do Norte, que vinha criando tensão com sucessivos testes nucleares.
“Os EUA têm muita força e paciência, mas se forem forçados a defenderem-se ou aos seus aliados, não teremos escolha a não ser destruir totalmente a Coreia do Norte. ‘Rocket Man’ [Kim Jong-un] está numa missão suicida para consigo mesmo e para o seu regime”, disse Trump. Menos de um ano depois, esta relação daria uma reviravolta.
20.01.2017 — Os Obama e os Trump, no dia da tomada de posse do republicano. A aparente harmonia duraria pouco JIM WATSON / AFP / GETTY IMAGES28.01.2017 — Ao telefone com o homólogo russo, Vladimir Putin, Trump está acompanhado pelos seus assessores mais próximos, entre eles o supremacista Steve Bannon DREW ANGERER / GETTY IMAGES21.05.2017 — Em Riade, na inauguração de um centro de combate à ideologia extremista. Acompanha-o Melania, o rei saudita, Salman al-Saud, e o Presidente egípcio, Abdel Fattah el-Sisi BANDAR ALGALOUD / GETTY IMAGES22.05.2017 — Donald, Melania e Ivanka Trump recebidos em audiência, no Vaticano, pelo Papa Francisco GETTY IMAGES22.05.2011 — De visita ao Muro das Lamentações, o lugar mais sagrado para os judeus, em Jerusalém, a cidade disputada que Trump reconheceria como capital de Israel RONEN ZVULUN / AFP / GETTY IMAGES07.07.2017 — Aos segredos com o homólogo da Rússia, Vladimir Putin, num encontro à margem da cimeira do G20, em Hamburgo SAUL LOEB / AFP / GETTY IMAGES21.08.2017 — Na varanda da Casa Branca, em Washington, Trump tenta vislumbrar o eclipse solar… sem óculos de observação MARK WILSON / GETTY IMAGES19.09.2017 — De saída do púlpito da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, após proferir um discurso violentíssimo, ameaçando de guerra a Coreia do Norte DREW ANGERER / GETTY IMAGES03.10.2017 — Trump atira um pacote de papel higiénico. Seria divertido não fosse num centro de distribuição de bens de primeira necessidade para vítimas de um furacão, em San Juan, Porto Rico JONATHAN ERNST / REUTERS09.11.2017 — Na companhia de Xi Jinping, durante uma cerimónia de boas-vindas, em Pequim. EUA e China viviam um braço de ferro comercial que evoluiria para uma verdadeira guerra THOMAS PETER / GETTY IMAGES
2º ANO O apoio ao ‘Brexit’ e a visita de Marcelo
Foi só no seu segundo ano na Casa Branca que Trump visitou pela primeira vez o Reino Unido, o principal aliado dos EUA do outro lado do Atlântico. O processo de saída dos britânicos da União Europeia (‘Brexit’) já estava em curso e Trump nunca se conteve em tomar parte, incentivando Londres a cortar o cordão umbilical com Bruxelas.
Ainda antes da deslocação ao Reino Unido, Trump recebeu na Casa Branca Marcelo Rebelo de Sousa. O chefe de Estado português recordou-lhe que Portugal esteve entre as primeiras nações a reconhecer a independência dos EUA e que os fundadores assinalaram esse momento com vinho da Madeira.
Trump demonstrou curiosidade por Cristiano Ronaldo e perguntou a Marcelo se o futebolista não teria hipótese de lhe ganhar numas eleições. “Tenho de lhe dizer que Portugal não é como os Estados Unidos”, respondeu o chefe de Estado português.
No segundo ano de Trump na presidência, uma das suas principais promessas eleitorais levou um impulso — a construção de “um muro grande e lindo” na fronteira com o México. O projeto foi iniciado nos tempos da Administração Clinton, mas Trump defendeu-o como se fosse seu.
Na semana passada, a uma semana de deixar em definitivo a Casa Branca, foi um troço deste muro, na região de Alamo, no estado do Texas, que Trump visitou para mostrar obra feita.
13.03.2018 — Trump discursa junto a um protótipo de muro, durante uma visita a San Diego, Califórnia, junto à fronteira com o México KEVIN LAMARQUE / REUTERS08.05.2018 — O anúncio faz manchetes em todo o mundo: Trump retira os EUA do acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano e repõe sanções contra o regime de Teerão CHIP SOMODEVILLA / GETTY IMAGES09.06.2018 — Na cimeira do G7, em Charlevoix (Canadá), Trump parece ser aquele que todos querem ouvir JESCO DENZEL / GETTY IMAGES12.06.2018 — Trump concretiza aquilo que nenhum antecessor conseguira e protagoniza, com Kim Jong-un, a primeira cimeira entre um Presidente dos EUA e um líder da Coreia do Norte, em Singapura ANTHONY WALLACE / AFP / GETTY IMAGES27.06.2018 — Trump recebe Marcelo Rebelo de Sousa, na Sala Oval da Casa Branca, em Washington ALEX EDELMAN / GETTY IMAGES13.07.2018 — Boa disposição entre a primeira-ministra britânica Theresa May e Donald Trump, durante a primeira visita oficial do norte-americano ao Reino Unido BRENDAN SMIALOWSKI / AFP / GETTY IMAGES15.07.2018 — Amante do golfe, Trump é proprietário de vários campos, nos EUA e no estrangeiro, como o da imagem, em Turnberry, Escócia LEON NEAL / GETTY IMAGES11.10.2018 — Um batalhão de jornalistas cobre a visita do ‘rapper’ Kanye West à Casa Branca. À época, o artista apoiava Trump, em 2020 disputou as presidenciais com o republicano RON SACHS / GETTY IMAGES05.12.2018 — Junto a três antigos Presidentes (Barack Obama, Bill Clinton e Jimmy Carter), no funeral de George H. Bush, na Catedral Nacional de Washington CHRIS KLEPONIS / GETTY IMAGES14.01.2019 — Sob o olhar de Lincoln, Trump apresenta uma mesa com ‘fast food’, a sua comida favorita, para banquetear a equipa dos Clemson Tigers, campeã de futebol americano CHRIS KLEPONIS / GETTY IMAGES
3º ANO A pressa e a fé na reeleição
Em 2019 o tradicional discurso sobre o Estado da União, com o qual o Presidente dos EUA toma o pulso ao país, foi para os norte-americanos uma montra da desunião que se vivia entre destacados responsáveis políticos. Quando Trump acabou de falar, a líder da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, aplaudiu o Presidente de forma sarcástica, numa imagem que correu mundo.
No ano seguinte, na mesma cerimónia, Pelosi rasgaria uma cópia do discurso do Presidente, após Trump ignorar a sua mão estendida para o cumprimentar. Pelosi iniciara o processo de destituição do Presidente, com base em suspeitas de que Trump pedira ajuda à Ucrânia para interferir na eleição presidencial de 2020 de forma a favorecer a sua reeleição. Trump não lhe perdoou.
Neste terceiro ano de mandato, Trump teve o seu ‘momento Bin Laden’ a 26 de outubro de 2019, ao acompanhar desde a situation room da Casa Branca uma operação militar, a milhares de quilómetros de distância, que haveria de neutralizar Abu Bakr al-Baghdadi, o líder do Daesh (autodenominado “Estado Islâmico”), na Síria.
Dezoito anos após o 11 de Setembro, o terrorismo internacional estava mais complexo, com o Daesh a juntar-se à Al-Qaeda na criação do caos. Obama eliminara Bin Laden, Trump provava estar à altura do seu antecessor.
A 18 de junho de 2019, a mais de um ano das presidenciais onde iria tentar a reeleição, Trump lança-se oficialmente na corrida com um comício em Orlando, na Florida, repetindo o slogan de 2016 — “Make America Great Again” (Tornar a América Grande de Novo).
05.02.2019 — Nancy Pelosi, a líder democrata da Câmara dos Representantes, aplaude Trump de forma sarcástica, no Congresso DOUG MILLS / GETTY IMAGES12.02.2019 — John Bolton, conselheiro de Trump para a Segurança Nacional, escuta-o numa intervenção na Casa Branca. Os dois entrariam em rutura e Bolton tornar-se-ia um detrator do Presidente CHIP SOMODEVILLA / GETTY IMAGES02.03.2019 — Trump abraça a ‘Stars and Stripes’, durante um encontro de conservadores, em National Harbor, Maryland TASOS KATOPODIS / GETTY IMAGES22.04.2019 — Acompanhado por um Coelho da Páscoa, Trump dá as boas-vindas aos participantes no Easter Egg Roll, uma tradição na Casa Branca que data de 1878 WIN MCNAMEE / GETTY IMAGES05.06.2019 — Divertidos, Donald Trump e a rainha Isabel II assistem às comemorações do Dia D, em Portsmouth, Inglaterra DAN KITWOOD / GETTY IMAGES18.06.2019 — Quase ano e meio antes das eleições presidenciais, Trump lança a campanha pela sua reeleição, com um grande comício em Orlando, Florida MANDEL NGAN / AFP / GETTY IMAGES19.07.2019 — Na Casa Branca, em declarações à imprensa, de quem chegou a dizer ser “inimigo do povo”. Para Trump, órgãos como a CNN e “The New York Times” são “fake news media” JABIN BOTSFORD / GETTY IMAGES26.10.2019 — Na ‘situation room’ da Casa Branca, o Presidente acompanha a operação militar na Síria de captura de Abu Bakr al-Baghdadi, o líder do “Estado Islâmico” SHEALAH CRAIGHEAD / GETTY IMAGES28.11.2019 — Na base de Bagram, no Afeganistão, em visita às tropas norte-americanas em missão naquele país OLIVIER DOULIERY / AFP / GETTY IMAGES03.01.2020 — Momento de oração no evento “Evangélicos por Trump”, num centro religioso em Miami, na Florida JIM WATSON / AFP / GETTY IMAGES
4º ANO Da absolvição à segunda impugnação
Após cinco meses de inquéritos e investigações, o processo de impugnação de Trump chegou ao fim no Congresso com a absolvição do Presidente pelo Senado. O governante mostrou-se vitorioso, mas menos de um ano depois, na reta final do seu mandato, tornou-se o primeiro Presidente dos EUA a ser alvo de um processo de destituição por duas vezes.
Ao recusar reconhecer a sua derrota eleitoral e ao ver goradas as tentativas de vencer as eleições nos tribunais, precipita o seu mandato para o descontrolo. A uma semana de sair de cena, promoveu um comício em Washington, onde apela a uma marcha até ao Capitólio onde, naquele dia, ia ser confirmada a vitória de Joe Biden e Kamala Harris. O apelo resultou no assalto ao Capitólio, por parte de apoiantes seus. Morreram cinco pessoas.
Toda a turbulência política aconteceu no meio de uma pandemia mortífera, cujo combate Trump negligenciou e que já matou mais de 400 mil cidadãos no seu país. Ainda assim, mais de 74 milhões de norte-americanos confiaram nele o seu voto nas presidenciais de 3 de novembro, alimentando-lhe o sonho do regresso em 2024.
06.02.2020 — “Absolvido”, titula “The Washington Post”, na edição em que noticia o fim do primeiro processo de impugnação a Trump DREW ANGERER / GETTY IMAGES25.02.2020 — De visita à Índia, Donald Trump lança pétalas de rosa junto ao memorial de Mahatma Gandhi, em Nova Deli MANDEL NGAN / AFP / GETTY IMAGES19.03.2020 — Nas notas para um ‘briefing’ sobre a pandemia, na Casa Branca, Trump risca a palavra “coronavírus” e substitui-a por “vírus chinês” JABIN BOTSFORD / GETTY IMAGES20.03.2020 — A preocupação de Anthony Fauci, o principal epidemiologista da Casa Branca, durante um ‘briefing’ de Trump sobre a covid-19, tantas vezes desfasado da realidade JABIN BOTSFORD / GETTY IMAGES01.06.2020 — Trump segura uma Bíblia, à entrada da Igreja de S. João, perto da Casa Branca, após ordenar a repressão dos protestos desencadeados pela morte do afroamericano George Floyd, asfixiado por um polícia BRENDAN SMIALOWSKI / AFP / Getty Images03.07.2020 — No Monte Rushmore, no Dakota do Sul, onde estão esculpidos os rostos de quatro antigos Presidentes. Assessores de Trump sondaram a governadora acerca do processo necessário para adicionar novos rostos ao monumento… SAUL LOEB / AFP / GETTY IMAGES15.09.2020 — Os protagonistas dos Acordos de Abraão, mediados pela Administração Trump, pelos quais Emirados Árabes Unidos e Bahrain normalizaram a relação diplomática com Israel ALEX WONG / AFP / GETTY IMAGES05.10.2020 — Regressado do hospital onde esteve internado após acusar positivo ao novo coronavírus, Trump assoma-se à varanda da Casa Branca e retira a máscara em sinal de desafio WIN MCNAMEE / GETTY IMAGES08.01.2021 — Uma foto tirada a um telemóvel, na sala de imprensa da Casa Branca, mostra a conta de Trump suspensa no Twitter, o seu meio de comunicação preferido JOSHUA ROBERTS / REUTERS13.01.2021 — “Impugnado”, escreve em manchete o jornal “The New York Times”, junto a uma foto onde se vê militares a proteger o Capitólio. Donald Trump abandona o poder após um só mandato e dois processos de impugnação ROBERT NICKELSBERG / GETTY IMAGES
(FOTO PRINCIPAL Trump discursa num comício em Jacksonville, na Florida, a 24 de setembro de 2020. Cego com a reeleição, negligenciou o combate à pandemia TOM BRENNER / REUTERS)
Artigo publicado no “Expresso Online”, a 20 de janeiro de 2021. Pode ser consultado aqui
Depois do incêndio que consumiu, durante a noite, parte do campo de refugiados de Moria, na ilha de grega de Lesbos, o dia amanheceu sob o espectro da destruição. Muitos refugiados e migrantes que ali viviam regressaram ao campo para tentar recuperar pertences que escaparam às chamas e procurar água
A esperança de encontrar algum pertence intacto ALKIS KONSTANTINIDIS / REUTERSDe regresso ao campo, agora destruído, para encher recipientes com água ALKIS KONSTANTINIDIS / REUTERSPara trás fica um local onde era difícil viver. Pela frente, a incerteza ALKIS KONSTANTINIDIS / REUTERSDesorientação entre os destroços daquilo que até agora era a sua casa ALKIS KONSTANTINIDIS / REUTERSUma mulher foge do fogo com a roupa do corpo e com aquilo que as mãos conseguem transportar ELIAS MARCOU / REUTERSRefugiados no campo de Moria ANTHI PAZIANOU / AFP / GETTY IMAGESDe dia, ainda eram visíveis colunas de fumo do fogo que deflagrou às primeiras horas da madrugada ALKIS KONSTANTINIDIS / REUTERSSalva do fogo, uma família cedeu ao cansaço, num parque de estacionamento ELIAS MARCOU / REUTERSHabitantes do campo de Moria lavam-se junto aos abrigos destruídos pelas chamas ALKIS KONSTANTINIDIS / REUTERSApós uma noite de verdadeiro terror, o drama não terminou com o raiar do dia ALKIS KONSTANTINIDIS / REUTERSDe muletas e com máscara de proteção, este homem observa as chamas antes de sair do campo MANOLIS LAGOUTARIS / AFP / GETTY IMAGESAo deus-dará entre destroços e ruínas ALKIS KONSTANTINIDIS / REUTERSVidas sem futuro à vista, comum a várias gerações ALKIS KONSTANTINIDIS / REUTERSDevastação a perder de vista, no campo para refugiados e migrantes de Moria ALKIS KONSTANTINIDIS / REUTERSSem pouso, esta família dorme na berma de uma estrada ALKIS KONSTANTINIDIS / REUTERSDe máscara colocada, para se proteger de um drama paralelo ALKIS KONSTANTINIDIS / REUTERSCrianças observam à distância a destruição do local a que chamavam “casa” ANGELOS TZORTZINIS / AFP / GETTY IMAGESApesar da dimensão, o incêndio não provocou qualquer vítima mortal ELIAS MARCOU / REUTERSSem ter para onde ir, esperam sentados num passeio junto a uma estrada STRATIS BALASKAS / EPA
Parte do olival junto ao campo também foi consumido pelas chamas ALKIS KONSTANTINIDIS / REUTERS
Uma criança leva nos braços pertences que sobreviveram ao fogo ALKIS KONSTANTINIDIS / REUTERSSem explicações para o que a rodeia, esta criança tem ao seu cuidado dois garrafões da imprescindível água ALKIS KONSTANTINIDIS / REUTERS
Artigo publicado no “Expresso Online”, a 9 de setembro de 2020. Pode ser consultado aqui
Começaram após o assassínio de George Floyd, o negro asfixiado pelo joelho de um polícia branco, e foram sendo alimentados por outros casos de violência policial e as desigualdades raciais. Os protestos na cidade norte-americana de Portland, levam já 100 dias nas ruas. A efeméride foi assinalada no sábado à noite com uma nova jornada de contestação
Investida policial numa rua de Portland CARLOS BARRIA / REUTERSDetenção de uma manifestante no exterior do edifício da polícia CARLOS BARRIA / REUTERSBatalha campal entre polícias e manifestantes CARLOS BARRIA / REUTERSUm frente a frente que dura há 100 dias CAITLIN OCHS / REUTERSUm manifestante ferido é levado pela polícia CARLOS BARRIA / REUTERSApreensão dentro de uma casa em relação ao que se passa nas ruas CARLOS BARRIA / REUTERSOs protestos intensificam-se durante a noite CARLOS BARRIA / REUTERSUm manifestante com dificuldade em respirar, após inalar gás lacrimogéneo CAITLIN OCHS / REUTERSSocorro a um manifestante atingido por um cocktail molotov CAITLIN OCHS / REUTERSDesespero e impotência no rosto desta manifestante solitária CARLOS BARRIA / REUTERSManifestantes disparam artefactos pirotécnicos para assinalar o 100º dia de protestos CAITLIN OCHS / REUTERSA aparente serenidade de quem acha que está do lado certo do problema CARLOS BARRIA / REUTERS
Artigo publicado no “Expresso Online”, a 6 de setembro de 2020. Pode ser consultado aqui
Aos poucos, o mundo retoma a dinâmica de sempre, passados os tempos mais complicados da pandemia de covid-19. Em muros, paredes e fachadas, grafitis recordam os cuidados a ter perante uma ameaça que não desapareceu. Da Bélgica ao Quénia, o distanciamento social, o uso da máscara e a lavagem das mãos inspiram coloridos murais e ajudam as populações a não baixar a guarda
BRASIL. Em São Paulo, esta mulher é confrontada com um dilema à sua passagem: seguir os conselhos dos profissionais de saúde ou do Presidente Jair Bolsonaro e ficar vulnerável ao vírus? NELSON ALMEIDA / AFP / GETTY IMAGESREINO UNIDO. “Fique em casa, fique seguro”, aconselha este grafíti na cidade escocesa de Glasgow. Por cima, alguém enfatizou: “Ficar em casa é brutal!” ANDREW MILLIGAN / GETTY IMAGESQUÉNIA. Uma médica persegue o vírus que tenta tomar todo o planeta. “O corona é real”, lê-se neste mural garrido, em Nairobi DONWILSON ODHIAMBO / GETTY IMAGESBÉLGICA. Uma mulher passeia o cão, descontraidamente e sem proteção, junto a um mural que incentiva ao uso de máscara YVES HERMAN / REUTERSCOLÔMBIA. Nesta rua de Bogotá, a vistosa publicidade a este bar já está adaptada aos novos tempos GUILLERMO LEGARIA SCHWEIZER / GETTY IMAGESREPÚBLICA CHECA. A famosa parede Lennon, em Praga, solidarizou-se com o desafio que a população da cidade enfrenta DAVID W CERNY / REUTERSRÚSSIA. A tranquilidade da profissional de saúde perante a agressividade do vírus, em frente a um hospital da cidade de Ufa VADIM BRAIDOV / GETTY IMAGESGUINÉ CONACRI. Neste muro de Conacri, aconselha-se os locais a “lavar as mãos com água e sabão” CELLOU BINANI / AFP / GETTY IMAGESCOSTA DO MARFIM. Em Abidjan, uns olhos esbugalhados alertam para o perigo enquanto a boca, protegida por uma máscara, indica a solução ISSOUF SANOGO / AFP / GETTY IMAGESITÁLIA. Sensibilização e humor numa parede de Roma ALESSANDRA BENEDETTI / GETTY IMAGESMÉXICO. “Seguiremos em frente, meu México lindo.” Mensagem de otimismo na Cidade do México RICARDO CASTELAN CRUZ / GETTY IMAGESÍNDIA. Nesta artéria de Bombaím, é impossível ignorar-se o perigo colocado pelo novo coronavírus INDRANIL MUKHERJEE / AFP / GETTY IMAGESHOLANDA. Em Amesterdão, os habitantes são heróis, assim cumpram as regras de proteção individual ROBIN UTRECHT / GETTY IMAGESALEMANHA. Um grafíti simpático para com o clube Borússia de Dortmund não esquece a máscara INA FASSBENDER / AFP / GETTY IMAGESPORTUGAL. Um tributo aos profissionais de saúde e, simultaneamente, um incentivo ao uso de máscaras numa parede do Hospital de São João, no Porto, pelo artista Vhils RITA FRANÇA / GETTY IMAGESBANGLADESH. Vírus de várias cores alertam a população da cidade de Narayanganj para um perigo constante MUNIR UZ ZAMAN / AFP / GETTY IMAGESÁUSTRIA. Este mural em Viena tem um vírus como personagem principal LEONHARD FOEGER / REUTERSINDONÉSIA. Duas crianças ignoram os perigos denunciados no mural atrás de si, em Depok DENNIS ANDRA / GETTY IMAGESCHINA. Na cidade de Shangai, colocar a máscara é um hábito interiorizado pelos locais. Foi na China que o surto de covid-19 começou YVES DEAN / GETTY IMAGESTANZÂNIA. Em Dar es Salaam, o grafíti parece seguir com o olhar a mulher que não usa máscara ERICKY BONIPHACE / AFP / GETTY IMAGESFRANÇA. Neste instituto médico de Marselha, a derrota do vírus é um objetivo diário, como o declara o mural CHRISTOPHE SIMON / AFP / GETTY IMAGESTURQUIA. Na cidade de Mersin, as campanhas de sensibilização parecem ter impacto junto da população SERKAN AVCI / GETTY IMAGES
Artigo publicado no “Expresso Online”, a 23 de junho de 2020. Pode ser consultado aqui
Jornalista de Internacional no "Expresso". A cada artigo que escrevo, passo a olhar para o mundo de forma diferente. Acho que é isso que me apaixona no jornalismo.