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A guerra dos militares agora é contra a covid-19

De El Salvador ao Vietname, há soldados envolvidos das mais variadas formas no combate ao novo vírus. Ajudam a montar hospitais, desinfetam espaços, fiscalizam o trânsito e o confinamento das populações. Na esmagadora maioria dos casos, as mãos substituíram as armas

EL SALVADOR. Um soldado controla a distância social numa fila de espera no exterior de uma repartição bancária, em Santa Ana JOSE CABEZAS / REUTERS
ALEMANHA. Em Hanover, militares transportam uma cama para um hospital improvisado num espaço que era até então um centro de exposições PETER STEFFEN / GETTY IMAGES
INDONÉSIA. No aeroporto da cidade de Palangka Raya, soldados transportam caixas com equipamento médico para ser distribuído por hospitais MAKNA ZAEZAR / REUTERS
ÁFRICA DO SUL. Um soldado e um polícia controlam o cumprimento do período de confinamento, em Eldorado Park, um subúrbio de Joanesburgo SIPHIWE SIBEKO / REUTERS
EUA. Militares participam numa ação de desinfeção no Liceu New Rochelle, em Nova Iorque ANDREW KELLY / REUTERS
EQUADOR. Um cidadão mostra a um militar um documento que atesta a razão para circular na via pública, em Guayaquil, “a Wuhan do Equador” MARCOS PIN / AFP / GETTY IMAGES
ESPANHA. Militares descarregam material de camiões para montarem um hospital de campanha, num centro desportivo de Cabanyal, na região de Valência ROBER SOLSONA / GETTY IMAGES
COLÔMBIA. Um membro do exército transporta contentores para materiais perigosos numa tenda montada para pacientes com covid-19, junto ao Hospital Militar, em Bogotá LEONARDO MUNOZ / REUTERS
MALÁSIA. Um soldado entrega uma máscara a um sem-abrigo, na capital do país, Kuala Lumpur ZAHIM MOHD / GETTY IMAGES
ITÁLIA. Em Veneza, militares patrulham a Praça de São Marcos, despida de gente MANUEL SILVESTRI / REUTERS
BANGLADESH. Soldados pulverizam com desinfetante um riquexó, em Daca MD ABU SUFIAN JEWEL / GETTY IMAGES
MÉXICO. Um militar patrulha uma praia quase deserta, em Acapulco JAVIER VERDIN / REUTERS
REINO UNIDO. Um soldado pratica os conhecimentos adquiridos durante uma formação em cuidados de saúde para poder apoiar as ambulâncias, no País de Gales REUTERS
ÍNDIA. Durante o confinamento, um soldado controla um grupo de trabalhadores imigrantes à espera de autocarro para regressarem à aldeia onde vivem, em Ghaziabad, arredores de Nova Deli ANUSHREE FADNAVIS / REUTERS
JORDÂNIA. Um militar distribui flores a pessoas que estiveram duas semanas em quarentena num “resort” no Mar Morto, cerca de 60 km para sul de Amã KHALIL MAZRAAWI / REUTERS
QUIRGUISTÃO. Posto de controlo militar nos arredores de Bishkek, a capital do país, durante o período de confinamento VYACHESLAV OSELEDKO / AFP / GETTY IMAGES
FRANÇA. Militares participam num simulacro num hospital de campanha, em Mulhouse SEBASTIEN BOZON / REUTERS
GUATEMALA. Distribuição de comida a populações pobres, durante o recolher obrigatório na cidade da Guatemala, a capital do país LUIS ECHEVERRIA / REUTERS
ROMÉNIA. Militares levam a cabo uma operação stop, na Praça da União, no centro de Bucareste ALEX NICODIM / GETTY IMAGES
FILIPINAS. Um soldado verifica a temperatura de profissionais de saúde antes de entrarem num autocarro gratuito que os levará ao trabalho, na cidade de Quezon ELOISA LOPEZ / REUTERS
MARROCOS. Um veículo militar patrulha uma rua de Rabat, que está a ser desinfetada por trabalhadores do Ministério da Saúde FADEL SENNA / AFP / GETTY IMAGES
VIETNAME. Um soldado está de vigia no portão de um espaço de quarentena localizado numa base militar, na região de Lang Son NGUYEN HUY KHAM / REUTERS

Artigo publicado no “Expresso Online”, a 15 de abril de 2020. Pode ser consultado aqui

“A burocracia tem de morrer com a covid”: profissionais de saúde lusovenezuelanos à espera de poder ajudar

Profissionais de saúde venezuelanos e lusodescendentes a residir em Portugal sentem-se frustrados por não poderem ajudar no combate à pandemia. A barrar-lhes a entrada nos hospitais está uma burocracia complexa que demora a dar respostas

Queriam estar nos hospitais, a trabalhar as horas que fossem possíveis para ajudar a salvar vidas. São profissionais de saúde formados na Venezuela — médicos das mais variadas especialidades, enfermeiros, bioanalistas, farmacêuticos — que, face a dificuldades no país de origem, imigraram recentemente para Portugal para iniciar uma nova etapa. Mas as portas dos hospitais portugueses estão-lhes barradas.

“É frustrante termos vontade de ajudar — porque para isso fomos preparados — e termos de ficar em casa”, desabafa ao Expresso a lusodescendente Raquel Pinheiro, de 40 anos. Na Venezuela, trabalhava como médica anestesista; em Portugal, onde chegou em outubro, ganha a vida a arrumar quartos num hotel em Aveiro. “Uma pandemia é uma situação muito grave. Há muitas pessoas a morrer, nós queremos ajudar, somos profissionais, temos habilitações.”

Como Raquel, dezenas de profissionais de saúde venezuelanos e lusodescendentes desesperam por não ver reconhecidos os seus diplomas académicos. O processo da anestesista — que tem nacionalidade portuguesa — foi iniciado na Direção-Geral do Ensino Superior há meio ano.

“Compreendo perfeitamente que os países tenham as suas regras, e eu tenho de as acolher. Mas eu não vim para viver às custas de ninguém, vim com vontade de trabalhar”, como há décadas aconteceu com o pai, quando rumou à Venezuela aos 17 anos. “Vim com vontade de fazer aquilo para que fui preparada.”

Exame marcado para abril… de 2021

Christian de Abreu, um lusodescendente de 36 anos que vive em Esposende (distrito de Braga), vive a mesma angústia há quase um ano. Filho de madeirenses, estudou Medicina na Universidade dos Andes durante seis anos e meio e exercia na área da Medicina do Trabalho; em Portugal ganha a vida nas obras.

Christian chegou a Portugal em maio passado — a mulher e os dois filhos ficaram no país — e logo iniciou o pedido de reconhecimento das habilitações junto da Direção-Geral do Ensino Superior. O processo foi encaminhado para a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra que ficou encarregue de apreciar o seu caso, para o que Christian teve de pagar um emolumento no valor de 900 euros.

Em circunstâncias normais, começaria este abril a prestar as provas exigidas: uma escrita e uma prática de Medicina e um exame de língua portuguesa. Neste contexto de pandemia, os exames foram adiados para novembro próximo, janeiro e abril de 2021.

“Eu estou na disposição de fazer todas as provas que pedirem, mas agora estamos em luta contra o coronavírus”, diz ao Expresso. “Se é preciso demonstrar se sabemos ou não de medicina ponham-nos a trabalhar num hospital supervisionados por médicos portugueses, e eles dirão se temos ou não conhecimento.”

Para além do trabalho na frente de combate, estes profissionais dão outros exemplos do que poderiam estar atualmente a fazer: acompanhar os pacientes que estão em casa, recolher amostras para análise, colaborar nas triagens, trabalhar no atendimento telefónico nas linhas do SNS24.

Espanha aqui ao lado

A 14 de março, Christian enviou uma carta ao Governo em nome de um conjunto de profissionais na sua situação, que estima serem à volta de 100. Nela recordam o repto da Ordem dos Médicos a todos os médicos para que reforçassem o Sistema Nacional de Saúde, dizem “presente” e apelam ao Governo para “que encontre um mecanismo” que agilize o seu processo. O gabinete do primeiro-ministro acusou a receção da carta e encaminhou-a para o gabinete da ministra da Saúde, Marta Temido.

A viver uma quarentena profissional forçada, muitos destes profissionais vão pensando na possibilidade de se mudarem para outro país da União Europeia. Em Espanha, numa medida excecional de combate à pandemia, o Governo de Pedro Sánchez autorizou a contratação de médicos cujos títulos ainda não estavam homologados, abrindo a porta a 2000 médicos venezuelanos — já exerciam no país cerca de 5000.

A ideia de rumar a Espanha ou Itália já passou pela cabeça de Raquel. A anestesista vive na Gafanha da Boa Hora com o marido venezuelano e os dois filhos gémeos de nove anos. Foi neles que pensou quando decidiu deixar o país onde nasceu e é neles que pensa quando, mais desanimada, sonha em aproveitar a janela de oportunidade aberta pela pandemia e tentar a sua sorte noutro país. “Há dias em que olho para o céu e digo para mim: vou. Mas depois olho para os meus filhos e penso na responsabilidade que tenho”, em especial para com um deles que já foi operado ao coração. “Sinto-me entre a espada e a parede.”

Várias provas de obstáculos

Contactado pelo Expresso, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior explica o procedimento que está em causa. “As entidades competentes para proceder ao reconhecimento de graus académicos, que não sejam alvo de reconhecimento automático (o que ocorre nos graus da área da medicina), são as instituições de ensino superior que conferem o grau ou diploma naquela área de formação.”

Obtida a equivalência por parte de uma escola médica, há outro obstáculo a superar antes de ser possível a inscrição na Ordem dos Médicos: “Demonstrar que sabe comunicar em português (oral e escrito) sendo aprovado na prova de comunicação que a Ordem dos Médicos faz em parceria com o Instituto Camões”, explica ao Expresso fonte da instituição.

Após estarem inscritos na Ordem, os médicos ficam habilitados a exercer como clínicos gerais. Se quiserem exercer uma especialidade, têm de percorrer uma nova prova de obstáculos desta vez dentro da Ordem. “No caso de quererem a equivalência a uma especialidade, a situação é avaliada pela direção do respetivo Colégio” da especialidade.

Em 2019, foram 14 os médicos inscritos na Ordem com formação obtida na Venezuela. Na última década, 2014 foi o ano com menos inscrições (9) e em dois anos (2016 e 2018) foram inscritos 15 médicos venezuelanos. É esse o sonho de Christian também. “Há muita gente parada que poderia ajudar e Portugal beneficiaria muito com isso”, diz. “A burocracia tem de morrer com a covid.”

(IMAGEM PUBLIC DOMAIN PICTURES)

Artigo publicado no “Expresso Online”, a 7 de abril de 2020. Pode ser consultado aqui

Da Indonésia ao México, pulverizar e desinfetar são as palavras de ordem

A desinfestação de locais públicos é uma das frentes do combate ao coronavírus e uma das formas privilegiadas para tentar exterminar o inimigo invisível. Por todo o mundo, ruas, transportes e mercados são borrifados com substâncias desinfetantes. Apresentamos 22 imagens dessas limpezas

RÚSSIA. Neste parque de Stavropol, nem as instalações artísticas escapam às ações de desinfestação EDUARD KORNIYENKO / REUTERS
AFEGANISTÃO. Neste país tão sobrecarregado de problemas, da guerra à pobreza, o coronavírus é “apenas” mais um MOHAMMAD ISMAIL / REUTERS
AZERBAIJÃO. Os autocarros são prioridades das operações de limpeza com desinfetantes, neste caso na cidade de Baku AZIZ KARIMOV / GETTY IMAGES
JORDÂNIA. O sítio arqueológico de Petra, uma das maiores atrações turísticas do mundo, está deserta. Ainda assim, não escapa à desinfestação KHALIL MAZRAAWI / AFP / GETTY IMAGES
ITÁLIA. Na Piazza Duomo, em Milão, todos os cuidados continuam a ser poucos PIERO CRUCIATTI / AFP / GETTY IMAGES
SÍRIA. Num país onde as armas ainda não se calaram totalmente, um homem borrifa uma rua do campo de refugiados palestinianos de Jaramana, em Damasco OMAR SANADIKI / REUTERS
SENEGAL. Protegido da cabeça aos pés, um funcionário municipal desinfeta uma escola corânica, num bairro de Dakar JOHN WESSELS / AFP / GETTY IMAGES
ÍNDIA. Desinfestação na favela de Ravidas Camp, em Nova Deli, onde apesar do isolamento social decretado pelo Governo há muitas pessoas nas ruelas RAJ K RAJ / GETTY IMAGES
INDONÉSIA. Uma mulher que participou no funeral de um familiar vítima de covid-19 é pulverizada com desinfetante, em Jacarta WILLY KURNIAWAN / REUTERS
MARROCOS. Contraste numa rua de Rabat: um funcionário público super-protegido e um sem abrigo totalmente vulnerável ao novo coronavírus FADEL SENNA / AFP / GETTY IMAGES
LÍBANO. Aqui procura-se força para enfrentar as adversidades, mas em tempos de pandemia as igrejas (como esta em Beirute) são locais propícios a contaminações comunitárias HUSSAM CHBARO / GETTY IMAGES
COREIA DO SUL. Chegou a ser o país mais afetado pelo coronavírus, excetuando a China, mas cuidados como este, numa estação de metro em Seul, ajudaram a inverter a curva JUNG YEON-JE / AFP / GETTY IMAGES
PAQUISTÃO. Estas tendas foram montadas nos arredores de Quetta, para receber pessoas regressadas do Irão e que terão obrigatoriamente de cumprir quarentena BANARAS KHAN / AFP / GETTY IMAGES
FRANÇA. Um empregado de uma empresa de limpezas desinfeta os guiadores de bicicletas para alugar, numa rua de Suresnes, perto de Paris THOMAS SAMSON / AFP / GETTY IMAGES
COLÔMBIA. No principal terminal de autocarros de Bogotá, a limpeza dos veículos é feita com equipamento especial JUANCHO TORRES / GETTY IMAGES
MALÁSIA. Bombeiros equipados com mochilas pulverizadoras desinfetam uma rua de Kuala Lumpur LIM HUEY TENG / REUTERS
MÉXICO. Campanha de higienização dos espaços públicos, na cidade de Toluca MARIO VAZQUEZ / AFP / GETTY IMAGES
IRÃO. Voluntários espalham desinfetante no bazar de Tajrish, a norte de Teerão MAJID SAEEDI / GETTY IMAGES
MYANMAR. Desinfestação da área em redor do famoso Pagode Shwedagon, em Rangum YE AUNG THU / AFP / GETTY IMAGES
TURQUIA. Sem clientes nem turistas, a desinfestação do Grande Bazar de Istambul não é descurada UMIT BEKTAS / REUTERS
IRAQUE. Durante o recolher obrigatório em Bagdade aproveita-se para desinfetar as vias públicas THAIER AL-SUDANI / REUTERS
BRASIL. Um agente das forças armadas participa nas atividades de desinfestação, na Estação Central do metropolitano de Brasília ADRIANO MACHADO / REUTERS

Artigo publicado no “Expresso Online”, a 3 de abril de 2020. Pode ser consultado aqui

22 fotos de camas de hospital em locais improváveis

Os hospitais não têm espaço para todas as pessoas infetadas com o coronavírus e que necessitam de assistência. Por todo o mundo, da Guatemala às Filipinas, improvisam-se estruturas de saúde em recintos culturais e desportivos, feiras e centros comerciais. Onde antes havia sorrisos e aplausos, há agora médicos, doentes e material médico

ESPANHA. O Centro de Feiras e Congressos de Madrid (IFEMA) está transformado num grande hospital de campanha para doentes com covid-19 REUTERS
BULGÁRIA. Militar da Marinha participa num exercício no interior do Palácio da Cultura e Desporto, da cidade de Varna PETKO MOMCHILOV / GETTY IMAGES
ARGENTINA. Um funcionário municipal de La Plata prepara camas nas instalações do parque de diversões infantil República de los Niños RONALDO SCHEMIDT / AFP / GETTY IMAGES
ALEMANHA. Este antigo abrigo para refugiados foi convertido num centro de atendimento a doentes infetados com o coronavírus, na cidade de Muehlheim LARS BARON / GETTY IMAGES
GUATEMALA. Funcionários do Ministério da Saúde montam um hospital temporário no Parque Industrial da Cidade da Guatemala JOHAN ORDONEZ / AFP / GETTY IMAGES
INDONÉSIA. Militares adaptam um navio-hospital mobilizado para participar na operação de resgate de indonésios a bordo de um cruzeiro, na cidade de Surabaya JUNI KRISWANTO / AFP / GETTY IMAGES
FILIPINAS. Camas e cadeiras instaladas num salão de eventos para acomodar pessoas à espera de fazer o teste ao coronavírus ROLEX DELA PENA / EPA
SÉRVIA. Pessoal militar trabalha para adaptar o recinto da Feira de Belgrado VLADIMIR ZIVOJINOVIC / AFP / GETTY IMAGES
IRÃO. Camas montadas numa zona do centro comercial Iran Mall, a noroeste de Teerão AFP / GETTY IMAGES
POLÓNIA. Este hospital da cidade de Wroclaw necessitou de montar um espaço exterior para acolher pacientes KRZYSZTOF CWIK / REUTERS
ÁUSTRIA. Quartos para dois pacientes, num hospital improvisado em Viena GEORG HOCHMUTH / REUTERS
ÍNDIA. Início dos trabalhos de montagem de um espaço para cumprimento de quarentena, nos arredores da cidade de Calcutá RUPAK DE CHOWDHURI / REUTERS
No Chile, as eleições para a Assembleia Constituinte foram adiadas para outubro EPA
CHINA. As camas vazias dentro do pavilhão de desportos de Wuhan indiciam boas notícias, na cidade de onde partiu o surto de coronavírus AFP / GETTY IMAGES
EUA. Apesar da resistência do Presidente Donald Trump em atacar o problema, em Nova Iorque, a cidade mais afetada no país, arregaça-se as mangas para instalar um hospital no Centro de Convenções Javits SPENCER PLATT / GETTY IMAGES
ITÁLIA. Neste hospital de Bréscia, na martirizada província da Lombardia, aproveita-se todos os cantos para assistir doentes, mesmo os espaços não equipados para tal MIGUEL MEDINA / AFP / GETTY IMAGES
BRASIL. No Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo, começa-se a montar uma estrutura de emergência com capacidade para 2000 camas MIGUEL SCHINCARIOL / GETTY IMAGES
COLÔMBIA. Civis e militares colocam camas no interior de uma tenda, em Bogotá, antes do país iniciar 20 dias de quarentena, decretados pelo governo GUILLERMO LEGARIA SCHWEIZER / GETTY IMAGES
MYANMAR. Este jovem voluntariou-se para trabalhar nesta unidade para cidadãos regressados do estrangeiro, que ficarão em quarentena, no Estádio Indoor Thein Phyu, em Rangum SHWE PAW MYA TIN / GETTY IMAGES
FRANÇA. Estas camas instaladas dentro do Palácio de Festivais de Cannes não acolhem doentes, mas antes sem-abrigo e outras pessoas vulneráveis à pandemia ERIC GAILLARD / REUTERS
ESLOVÉNIA. Tendas com capacidade para 120 camas, erguidas pelo Exército, no Quartel Edvard Peperko, em Liubliana IGOR KUPLJENIK / EPA
SÍRIA. Num país onde as armas ainda não se calaram e onde já há casos de covid-19, um membro dos chamados Capacetes Brancos desinfeta uma cama, na cidade de Idlib ANAS ALKHARBOUTLI / GETTY IMAGES

Artigo publicado no “Expresso Online”, a 27 de março de 2020. Pode ser consultado aqui

Covid-19 pôs o mundo a viver à janela

O coronavírus disseminou-se pelo mundo empurrando as pessoas para dentro de casa. Às janelas, há expressões de preocupação mas manifestações de festa, gritam-se palavras de esperança e outras de protesto contra líderes que parecem estar em negação. Da China ao Brasil, 22 imagens da quarentena à janela

ITÁLIA. Fechada em casa, a pequena Bianca observa pelo vidro de casa a sua galinha “Cocca Bella”, em San Fiorano, região da Lombardia MARZIO TONIOLO / REUTERS
FRANÇA. Confinado entre quatro paredes, este homem não esconde a sua frustração, em Paris CHESNOT / GETTY IMAGES
ALEMANHA. Após a paróquia local ter suspendido a celebração da eucaristia, esta católica começou a acender uma vela à janela de casa, em Oberhausen FABIAN STRAUCH / GETTY IMAGES
TURQUIA. Este turco está de quarentena em Istambul, após ter regressado de uma viagem ao estrangeiro UMIT BEKTAS / REUTERS
ESPANHA. Vestido a rigor, este homem anima os dias da vizinhança, tocando trompete à janela de casa, em Valência JOSE JORDAN / AFP / GETTY IMAGES
RÚSSIA. Uma mulher olha para o exterior de um centro médico de Novomoskovsky, que acolhe pacientes suspeitos de estarem afetados com a Covid-19 SERGEI BOBYLEV / GETTY IMAGES
PORTUGAL. Há sol em Cascais, mas esta moradora tem de ficar em casa HORACIO VILLALOBOS / GETTY IMAGES
BULGÁRIA. Uma mulher abre ligeiramente a sua janela, em Sófia, para aplaudir e incentivar o pessoal médico, um tributo que correu toda a Europa DIMITAR KYOSEMARLIEV / REUTERS
BÉLGICA. Pai e filha, com tempo de sobra para brincarem juntos, nesta moradia em Bruxelas YVES HERMAN / REUTERS
OCEANO PACÍFICO. Ao largo de São Francisco, na Califórnia, o paquete Grand Princess transporta alguns passageiros que testaram positivo ao coronavírus KATE MUNSCH / REUTERS
BRASIL. As janelas de muitas cidades brasileiras têm servido de palco a panelaços, uma forma de protesto com recurso a utensílios domésticos, contra a inação e displicência do Presidente Jair Bolsonaro RICARDO MORAES / REUTERS
Mensagens escritas pelos utentes de um lar de idosos em Bromsgrove, Inglaterra, dirigidas aos familiares CARL RECINE / REUTERS
EUA. Por todo o mundo, milhões de crianças como Lydia, que vive em Brooklyn, Nova Iorque, deixaram de poder ir à escola CAITLIN OCHS / REUTERS
ÁUSTRIA. Em Innsbruck, dois homens tomam banhos de sol e tocam música, como quem está numa esplanada no verão JAN HETFLEISCH / GETTY IMAGES
CROÁCIA. Pessoal médico faz uma pausa na azáfama de um hospital universitário de Dubrava para apanhar um pouco de ar pela janela DENIS LOVROVIC / AFP / GETTY IMAGES
CHINA. O pior parece já ter passado no país onde primeiro o coronavírus surgiu, mas este residente de Pequim ainda se resguarda em casa KEVIN FRAYER / GETTY IMAGES
REPÚBLICA CHECA. Um cigarro à janela não é uma situação surpreendente, mas o governo checo está no lote dos executivos que decretaram restrições à liberdade de circulação DAVID W CERNY / REUTERS
ÍNDIA. No interior deste hospital de Srinagar, todos usam máscara WASEEM ANDRABI / GETTY IMAGES
COLÔMBIA. A partir da próxima terça-feira, o país entrará em quarentena durante 20 dias. Esta mulher de Bogotá antecipou-se e optou por isolar-se já faz dias JUANCHO TORRES / GETTY IMAGES
HOLANDA. Regressada de Itália, esta mulher foi diagnosticada com Covid-19. Na sua casa, em Haia, a cumprir a quarentena, acede em posar para a fotografia ROBIN UTRECHT / GETTY IMAGES
VENEZUELA. Na debilitada Caracas, a braços com graves problemas políticos, uma mulher com máscara desinfeta os sapatos MANAURE QUINTERO / REUTERS
VATICANO. Desde a mítica janela voltada para a Praça de São Pedro, em Roma, o Papa Francisco faz a tradicional bênção do Angelus para um espaço vazio REUTERS

Artigo publicado no “Expresso Online”, a 21 de março de 2020. Pode ser consultado aqui