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Talibãs ao ataque

Quase 16 anos após o fim do seu regime em Cabul, os fundamentalistas controlam, influenciam ou ameaçam 40% do país

Mapa do Afeganistão por províncias WIKIMEDIA COMMONS

Vinte e seis soldados mortos numa base militar, em Kandahar (sul). Trinta e um mortos num atentado suicida contra um autocarro com funcionários dos serviços de informação, em Cabul (leste). Trinta e cinco mortos num ataque a um hospital na província de Ghor (centro). Eis o resumo de mais uma semana sangrenta no Afeganistão. Em comum aos três ataques está o facto de terem sido obra dos talibãs.

Quase 16 anos após terem sido afastados do poder pela intervenção militar norte-americana que se seguiu ao 11 de Setembro — e que visou a erradicação do regime que dava abrigo à Al-Qaeda de Osama bin Laden —, os fundamentalistas islâmicos continuam a controlar uma extensa minoria do território afegão. Segundo o relatório de maio do inspetor geral-especial para a Reconstrução do Afeganistão (SIGAR) — John F. Sopko, designado pelo Congresso dos EUA —, dos 407 distritos (divisão geográfica abaixo de província), os “estudantes” controlam 11 e são influentes em 34 (11% do território). Por seu lado, as forças governamentais controlam 97 e influenciam 146 (60%). No entanto, 29% dos distritos continuam em disputa, o que permite a conclusão: hoje, 40% do país é controlado, influenciado ou ameaçado pelos talibãs.

Esta semana, três distritos em três províncias (Paktia, Faryab e Ghor) caíram para os talibãs, o que revela a capacidade operacional do grupo em áreas afastadas.

De inimigos a aliados

Nos últimos meses, Cabul e Washington vinham insinuando que a Rússia poderia estar a armar os talibãs. A confirmar-se, seria uma ironia da História já que os talibãs emanam dos mujahidin, guerrilheiros apoiados pelos EUA contra a ocupação soviética do Afeganistão (1979-1989). Moscovo estaria, pois, a apoiar um antigo inimigo.

Na terça-feira, a CNN divulgou imagens exclusivas de dois grupos talibãs em posse de armamento “que parece ter sido fornecido pelo Governo russo”. Um responsável de um dos grupos, dissidente dos talibãs, que opera em Herat (oeste), diz que acederam às armas após atacarem com sucesso um grupo talibã, e explica que o armamento foi fornecido pela Rússia, através do Irão. Um combatente de outro grupo talibã, ativo na área de Cabul, elogia o armamento em sua posse e explica que foi dado “pelos russos”, através da fronteira com o Tajiquistão, na zona de Kunduz (norte).

A Rússia nega estar envolvida no conflito, mas admite “contactos com os talibãs” visando conversações de paz. Mas não é segredo que a emergência, no Afeganistão, do Daesh-Khorasan (rival dos talibãs) criou receios em Moscovo de que a violência possa transbordar para a Ásia Central.

Artigo publicado no Expresso, a 29 de julho de 2017

Talibãs afegãos têm armas russas

Imagens exclusivas obtidas pela CNN mostram combatentes talibãs em posse de armamento que, dizem, ter sido fornecido pela Rússia. Nos últimos meses, Washington e Cabul têm alertado para a possibilidade de Moscovo estar a armar o seu antigo inimigo… visando o combate a um adversário comum: o Daesh

Um dia após um ataque suicida talibã ter provocado 36 mortos em Cabul, a CNN divulgou, esta terça-feira, imagens que indiciam um apoio da Rússia aos fundamentalistas afegãos. “Os talibãs receberam armamento melhorado no Afeganistão que parece ter sido fornecido pelo Governo russo”, lê-se na edição online da televisão norte-americana.

Nas imagens obtidas em exclusivo pela CNN veem-se combatentes de dois grupos munidos de “espingardas de atiradores furtivos, variantes de Kalashnikov e metralhadoras pesadas”. Especialistas em armamento que já visionaram as imagens salientaram a ausência de qualquer marca alusiva ao fabricante, o que impede a determinação da sua origem.

Mas as palavras dos combatentes incriminam Moscovo. Um responsável por um grupo que opera perto de Herat (oeste), dissidente dos talibãs, explica que se apoderaram das armas após um ataque bem sucedido contra um grupo talibã. E explica que o armamento foi fornecido pela Rússia, através do Irão, e que visa fortalecer os “estudantes de teologia” na luta contra a filial local do Daesh no Afeganistão (conhecido por Daesh-K).

Num outro testemunho, um combatente talibã mascarado, pertencente a outro grupo, que atua nos arredores de Cabul, elogia o armamento em sua posse e explica que o obteve à borla através da fronteira com o Tadjiquistão, na zona de Kunduz (norte), fornecido “pelos russos”.

Russos de regresso ao Afeganistão. Porquê?

Nos últimos meses, quer os Estados Unidos quer as autoridades afegãs têm insinuado que Moscovo está a armar o seu antigo inimigo — durante a ocupação soviética do Afeganistão (1979-1989), os grupos de guerrilha islamita a partir dos quais viriam a nascer os talibãs foram uma arma dos EUA contra a URSS.

A Rússia tem negado qualquer envolvimento no conflito afegão, admitindo apenas “contactos com os talibãs” com o intuito de promover conversaçõs de paz.

Em março passado, diante do Congresso, o general Joseph Votel, chefe do Comando Central dos EUA, defendeu que a Rússia estava empenhada em recuperar influência no Afeganistão. “Penso que é justo assumirmos que possam estar a fornecer algum tipo de apoio” aos talibãs.

Por essa altura, em declarações ao Expresso, Mirco Günther, diretor da delegação da Fundação Friedrich Ebert em Cabul, explicava que interesse poderia ter a Rússia num “regresso ao Afeganistão”, onde se deu tão mal. “O principal interesse da Rússia é a estabilidade da Ásia Central. A grande preocupação é evitar que a violência transborde, incluindo o terrorismo e o crime organizado, em particular do Afeganistão para o vizinho Tadjiquistão”, onde a Rússia tem a 201ª base, a maior fora de portas. “Nos últimos anos, centenas de combatentes estrangeiros oriundos do Cáucaso e da Ásia Central aderiram ao Daesh.”

Quase 17 anos após o 11 de Setembro, e outros tantos de guerra que visou a erradicação dos talibãs, o Afeganistão — o país onde os EUA reagiram militarmente aos atentados de Washington e Nova Iorque — continua vulnerável ao poder dos “estudantes”. Mas não só. Se em 2001 o grupo mais ativo no país era a Al-Qaeda de Osama bin Laden — a quem o regime talibã deu guarida —, hoje também o braço afegão do Daesh e os talibãs paquistaneses têm força militar e ocupação de território significativos.

Artigo publicado no Expresso Online, a 25 de julho de 2017. Pode ser consultado aqui

Talibãs, aliados táticos na contenção do Daesh afegão

A Rússia está de volta ao país que ocupou durante 10 anos. Desta vez, os talibãs são amigos

O 11 de Setembro vai longe, mas a presença militar dos EUA no Afeganistão está para durar. No terreno, continuam 8400 militares (7000 ao serviço da NATO), um número com tendência para aumentar já que, em fevereiro, numa comissão do Senado, o general John Nicholson, que comanda a força internacional, pediu mais “alguns milhares”.

Esta semana, o conselheiro para a Segurança Nacional dos EUA, general H. R. McMaster, foi a Cabul dialogar com o poder local. “A Administração Trump ainda não anunciou uma nova estratégia, apesar de estar em curso uma revisão da política para o Afeganistão”, diz ao “Expresso” Javid Ahmad, investigador do Atlantic Council, de Washington D.C.. “As mudanças mais prováveis podem incluir uma pressão mais sustentada sobre o Paquistão na perseguição aos talibãs e outros grupos terroristas que beneficiam de refúgio e de apoio dentro desse país.”

A “mãe de todas as bombas” — bomba termobárica quase tão potente como uma nuclear, lançada pela aviação dos EUA há uma semana — visou precisamente uma área junto ao Paquistão, na província de Nangarhar. O ataque coincidiu com a visita do secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, à Rússia, herdeira da União Soviética, que ocupou o Afeganistão entre 1979 e 1989 — uma frente “quente” da Guerra Fria — e que está cada vez mais interventiva no Afeganistão.

Talibãs, Al-Qaeda, Daesh-K

“Julgo que há espaço, e necessidade, para uma coordenação mais próxima entre EUA e Rússia em relação ao Afeganistão e à região”, diz ao “Expresso” Mirco Günther, diretor da delegação da Fundação Friedrich Ebert em Cabul. “Apesar das nuances, ambos partilham um objetivo geral: impedir que o Afeganistão se torne um porto seguro para terroristas — outra vez.”

Segundo Cabul, há hoje no país uns 20 grupos terroristas que querem derrubar o Governo. A Al-Qaeda — protagonista do 11 de Setembro — tem uma presença residual, entre 100 e 250 elementos. Em contrapartida, os talibãs — que lhe deram abrigo — são o maior desafio. Segundo os EUA, “controlam, disputam ou influenciam” pelo menos 171 das 398 regiões administrativas. “Estima-se que os talibãs afegãos, cuja liderança está no Paquistão, tenham entre 15 e 25 mil combatentes”, diz Javid Ahmad.

Mas não é a Al-Qaeda nem são os talibãs que motivam “o regresso dos russos” ao Afeganistão, mas antes a célula afegã do Daesh que se estima tenha entre 1000 e 1500 combatentes. (Foi contra grutas e túneis usados pelo Daesh que os EUA lançaram a superbomba.)

“O principal interesse da Rússia é a estabilidade da Ásia Central”, diz Günther. “A grande preocupação é evitar que a violência transborde, incluindo o terrorismo e o crime organizado, em particular do Afeganistão para o vizinho Tadjiquistão”, onde a Rússia tem a 201ª base, a maior fora de portas. “Nos últimos anos, centenas de combatentes estrangeiros oriundos do Cáucaso e da Ásia Central aderiram ao Daesh”.

Criado em janeiro de 2015, o “Daesh no Khorasan” (nome de uma região histórica afegã) é composto por ex-membros do Tehrik-i-Taliban Pakistan (talibãs paquistaneses), desertores dos talibãs afegãos (sobretudo após a morte do líder carismático mullah Omar), combatentes estrangeiros, entre outros do Movimento Islâmico do Uzbequistão, e simples criminosos.

Da Síria e Iraque, inspiração

“É difícil considerar o ramo afegão do Daesh uma extensão das organizações no Iraque ou na Síria. Pode ter recebido incentivo e inspiração, mas provavelmente os seus fundos são locais e têm motivações próprias nas suas operações”, explica ao Expresso Marvin Weinbaum, do Middle East Institute (Washington D.C.). “O Daesh foi sobrevalorizado. É capaz de organizar ataques terroristas, como aqueles contra as minorias, em Cabul, mas tem uma pequena base de operações. Tem sofrido repetidos bombardeamentos dos EUA e muitos líderes foram mortos.”

A ironia do envolvimento russo no Afeganistão prende-se com os aliados que procurou. Se nos tempos da Guerra Fria, os soviéticos tinham nos talibãs inimigos ferozes, hoje tratam-nos como aliados pragmáticos na luta contra uma ameaça comum, o Daesh-K. Os contactos entre russos e talibãs foram confirmados em dezembro pelo embaixador russo no Afeganistão, Alexander Mantytskiy. Moscovo garante que não está a armar os talibãs, apenas coopera e partilha informação, num processo que visa trazer os fundamentalistas para a mesa do diálogo. Mirco Günther alerta: “É importante que qualquer processo [negocial], que se projeta longo e complicado, seja reconhecido e liderado pelos afegãos.”

(Ilustração publicada no Twitter, na conta AboveTopSecret)

Artigo publicado no Expresso, a 22 de abril de 2017

Talibãs iniciam a “ofensiva da Primavera”

Passado o rigor do inverno, os talibãs prometem mais um “verão quente” no Afeganistão. A ofensiva da primavera começou esta terça-feira, às cinco da manhã

É um ritual que se tem repetido nos últimos 15 anos no Afeganistão. Num email enviado a vários órgãos de informação, os talibãs anunciaram, esta terça-feira, a intensificação dos combates após a pausa de inverno. A “ofensiva da primavera” começou às cinco da manhã locais (mais três horas e meia do que em Portugal continental) e passará por ataques em grande escala, apoiados por ataques suicidas e assassínios de comandantes inimigos em centros urbanos.

A campanha — designada “Operação Omari” em homenagem a Mullah Omar, o fundador do movimento que morreu há três anos e cuja morte os “estudantes” encobriram durante dois anos — empregará “todos os meios à nossa disposição para atolar o inimigo numa guerra de desgaste que diminuirá a moral dos invasores estrangeiros e das suas milícias armadas internas”.

A declaração de guerra talibã surge três dias após uma visita não anunciada do secretário de Estado norte-americano ao Afeganistão. John Kerry reafirmou o apoio dos EUA ao Governo de unidade nacional e apelou ao Presidente Ashraf Ghani e ao chefe do Executivo Abdullah Abdullah que coloquem de lado as rivalidades e trabalhem em conjunto.

Sem ministro da defesa há dois anos

Quase dois anos após as disputadas eleições presidenciais, de que resultou uma espécie de poder partilhado entre os dois principais candidatos — solução mediada pelos EUA —, Ashraf e Abdullah ainda não chegaram a acordo em relação ao nome para ministro da Defesa, por exemplo.

Os talibãs têm-se aproveitado das fragilidades políticas do país. Segundo a NATO, controlam 6% do território e ameaçam um terço.

Na segunda-feira, em Jalalabad (leste), um talibã suicida fez-se explodir numa moto, matando pelo menos 12 recrutas do exército que seguiam num autocarro. Horas antes, num ataque semelhante em Cabul, morreram duas pessoas.

A rebelião talibã intensificou-se após a retirada das tropas de combate internacionais, no final de 2014, que expôs a falta de preparação das forças de segurança afegãs, que passaram a evidenciar elevadas baixas e altas taxas de deserção. Até ao final deste ano, os EUA querem reduzir o seu contingente de 9800 para 5500 militares.

Daesh atua silenciosamente

Em 2015, já sob a liderança de Mullah Akhtar Mansur, os talibãs reconquistaram, durante 15 dias, a cidade de Kunduz (norte), naquela que foi o maior feito militar desde o fim do regime talibã, em 2001.

Na segunda-feira, a CNN noticiou que a estratégica província de Helmand (sul), “pela qual milhares de soldados da NATO morreram a lutar, está mais próxima do que nunca de cair para os talibãs”.

A luta talibã tem-se radicalizado graças também à crescente presença de militantes afetos ao autodenominado Estado Islâmico (Daesh) no Afeganistão. “Ele existe, floresceu e está a expandir-se. Atua silenciosamente e reune força para ações decisivas”, afirmou, no início de abril, Zamir Kabulov, enviado presidencial da Rússia para o Afeganistão, em entrevista ao jornal “Izvestiya”. Para este responsável russo, o Daesh quer usar o país como “trampolim para uma expansão mais ampla”.

Artigo publicado no “Expresso Online”, a 12 de abril de 2016. Pode ser consultado aqui

Talibãs atacam Parlamento de Cabul e pedem ao Estado Islâmico para não se meter no Afeganistão

Um ataque dos talibãs contra o edifício do Parlamento revela as fragilidades nas forças de segurança afegãs. Os fundamentalistas islâmicos tentam recuperar territórios, numa altura em que estão cada vez mais acossados por grupos afetos ao autodenominado Estado Islâmico

O Parlamento afegão foi atacado na manhã desta segunda-feira por um comando talibã. O atentado provocou 31 feridos e foi lançado durante uma sessão da Câmara Baixa (Wolesi Jirga) que se preparava para votar uma moção de confiança ao novo ministro da Defesa, Masoum Stanikzai.

“Um bombista suicida fez-se explodir no exterior do edifício do Parlamento e vários atiradores atacaram a partir de outro edifício próximo”, informou Ebadullah Karimi, porta-voz da polícia de Cabul.

Saleha Sadat, jornalista da televisão afegã TOLO News, que cobria os trabalhos dentro do Parlamento, afirmou que o local foi rapidamente evacuado e que todos os deputados e jornalistas saíram rapidamente do local.

“Lançamos um ataque contra o Parlamento quando decorria uma reunião importante para apresentação do ministro da Defesa”, justificou o porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid. A investida durou cerca de uma hora e terminou com a eliminação dos sete atacantes, às mãos das forças de segurança afegãs.

Este ataque contra um dos símbolos do poder central reforça dúvidas sobre a capacidade das forças afegãs para garantirem a segurança das suas instituições e dos cidadãos. A atividade dos talibãs tem aumentado desde a retirada da esmagadora maioria das tropas internacionais, no final do ano passado.

Esta segunda-feira, os fundamentalistas islâmicos confirmaram a reconquista do distrito de Dasht-e-Archi, na província de Kunduz (norte), o segundo em dois dias, após controlarem o distrito adjacente de Chardara. “Os talibãs assumiram o controlo esta manhã após cercarem a área durante dias”, afirmou esta segunda-feira Nasruddin Saeedi, governador de Dasht-e-Archi, após fugir para a cidade de Kunduz, capital da província com o mesmo nome. “Há muitos combatentes estrangeiros com armamento pesado. Pedimos reforços, mas não chegaram.” 

Estado Islâmico ao ataque

Os talibãs tentam recuperar o território perdido após mais de 13 anos de presença militar internacional no Afeganistão – iniciada após o 11 de Setembro, com o objetivo de punir os talibãs (no poder), que davam guarida ao líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden. Mas estão cada vez mais pressionados pela crescente presença do autodenominado Estado Islâmico (Daesh) no Afeganistão.

Na semana passada, o chefe do comité político dos talibãs, mullah Akhtar Mansoor, enviou uma carta ao líder do Daesh, o autodenominado califa Abu Bakr al-Baghdadi, apelando ao grupo rival que pare de recrutar combatentes no Afeganistão. “Com base na fraternidade religiosa, apelamos à vossa boa vontade, não queremos ver interferências nos nossos assuntos”, escreveu. 

Para os talibãs, no Afeganistão só há espaço para um grupo jiadista na luta pelo reestabelecimento da lei islâmica. “A jihad contra os invasores americanos e os seus escravos no Afeganistão tem de ser feita sob uma bandeira, uma liderança e um comando”, disse Mansoor. 

A carta parece também visar dissuadir combatentes talibãs de passarem para as fileiras do Daesh. Os combatentes afetos ao Daesh permanecem em número reduzido, mas a sua presença é cada vez mais notória. 

Combates entre talibãs e grupos dissidentes que declararam lealdade ao Estado Islâmico têm-se multiplicado sobretudo na província de Nangarhar (leste).  

Entre as causas para as deserções está a falta de ganhos territoriais significativos. Muitos questionam mesmo se o líder dos talibãs, mullah Mohammad Omar, continua vivo.

Artigo publicado no “Expresso Online”, a 22 de junho de 2015. Pode ser consultado aqui