Reportagem no campo de refugiados de Aida, na cidade palestiniana de Belém

Imagem da Cúpula do Rochedo em Jerusalém, um dos lugares mais sagrados para os muçulmanos, repete-se nas paredes do campo de Aida. Refugiados não podem visitá-la MARGARIDA MOTA 
Aida é um dos 19 campos de refugiados da Cisjordânia. No total, há 58 campos dispersos por cinco territórios: Cisjordânia, Faixa de Gaza, Síria, Líbano e Jordânia
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À chegada a Aida, uma porta na via pública alude à grande reivindicação dos refugiados: o regresso às casas onde moravam antes da criação de Israel, em 1948
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Loja tradicional simbolicamente chamada “Chave do Regresso”
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Cidadãos de todo o mundo acorrem regularmente a Aida, onde expressam a sua solidariedade para com os palestinianos pintando grafitos no muro construído por Israel
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Mural pintado por uma jovem portuguesa
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Entrada do Campo de Aida, criado em 1950 e situado entre Belém e Beit Jala
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Aida foi assim batizado numa referência a um famoso “coffeshop” que ali existiu
nos anos 40 MARGARIDA MOTA
A principal rua do campo MARGARIDA MOTA 
Um supermercado MARGARIDA MOTA 
A camisola de Cristiano Ronaldo no corpo de uma criança MARGARIDA MOTA 
Na maior parte das ruas, não há espaço para circularem carros MARGARIDA MOTA 
Placas espalhadas pelo campo recordam as aldeias palestinianas que foram ocupadas por Israel. Em Al Malha, viviam 2250 pessoas. Foi atacada a 15 de julgo de 1948
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Friso de retratos de palestinianos nascidos no campo e atualmente detidos em Israel. Alguns cumprem penas de prisão perpétua MARGARIDA MOTA 
Cerca de 5000 palestinianos estão detidos em prisões de Israel. Um deles, Samer Issawi, está em greve de fome há mais de 200 dias MARGARIDA MOTA 
No recreiro, aguarda-se a chegada de mais colegas para um jogo de futebol
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Hora de recreio na escola dos rapazes MARGARIDA MOTA 
O espaço é pouco. Aida espalha-se por 0,71 quilómetros quadrados e tem mais de 4700 refugiados na UNRWA MARGARIDA MOTA 
Interior de uma sala de aula MARGARIDA MOTA 
Vista sobre o campo. Bento XVI visitou-o em maio de 2009 MARGARIDA MOTA 
O muro serpenteia a paisagem: de um lado fica Israel, do outro a Cisjordânia
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A realidade representada num mapa: o muro priva os palestinianos de território que lhes pertencia à altura da Linha de Armistício de 1949 MARGARIDA MOTA 
Funcionária da UNRWA mostra fotos recentes, tiradas às primeiras horas do dia, quando dezenas de refugiados fazem fila para passar o “checkpoint” e irem trabalhar em Israel MARGARIDA MOTA 
Estabelecida em 1949, a UNRWA é a agência das Nações Unidas criada especificamente para o problema dos refugiados palestinianos. Hoje, são cerca de cinco milhões de pessoas MARGARIDA MOTA 
Em Aida funciona o Centro Al-Rowwad, uma organização comunitária independente que promove a não-violência e o combate aos estereótipos à volta da cultura palestiniana MARGARIDA MOTA 
“Dependemos da ajuda humanitária mas não queremos ser um caso humanitário. Não precisamos de pena ou caridade. O que queremos é que a ocupação acabe”, diz o diretor do Centro Al-Rowwad MARGARIDA MOTA 
Homenagem a Leila Khalid, militante da Frente Popular para a Libertação da Palestina, famosa nos anos 70 ao ser das poucas mulheres árabes envolvidas em ações de guerrilha. Vive na Jordânia MARGARIDA MOTA 
“Venceremos!” MARGARIDA MOTA 
No campo de Aida há um parque infantil, mas o principal palco de brincadeiras são as ruas MARGARIDA MOTA 
194 é o número de sonho dos refugiados. A Resolução 194 da ONU consagra o direito de regresso. Paralelamente, simboliza o 194º Estado independente na ONU que a Palestina aspira ser MARGARIDA MOTA
Artigo publicado no “Expresso Online”, a 8 de março de 2013. Pode ser consultado aqui