Ultimato dos militares chega ao fim

Os egípcios aguardam a reação do Presidente Mohamed Morsi ao ultimato dado pelos militares: ou entende-se com a oposição ou é afastado do poder

Terminou às 17 horas de Lisboa (18 horas no Cairo) o prazo de 48 horas dado, na segunda-feira, pelos militares ao Presidente Mohamed Morsi para chegar a um acordo com a oposição.

Na ausência de um entendimento, os militares tomarão o poder, propondo-se aplicar o seguinte roteiro político:

— Suspensão da Constituição;

— Dissolução do Parlamento;

— Estabelecimento de um Conselho Interino até haver nova Constituição;

— Eleições presidenciais.

Hoje à tarde, na página da Presidência no Facebook, Morsi propôs a formação de um “governo de coligação consensual” até à realização de novas eleições legislativas.

Apoiantes e críticos de Mohamed Morsi — que tomou posse como Presidente a 30 de junho de 2012 — estão reunidos em dois pontos do Cairo, aguardando pela decisão do Presidente, de viva voz.

Na mítica Praça Tahrir — onde se organizaram os protestos que culminaram na deposição de Hosni Mubarak, a 11 de fevereiro de 2011 —, os críticos do Presidente exigem a sua demissão.

Quanto aos apoiantes de Morsi, esmagadoramente apoiantes da Irmandade Muçulmana, estão reunidos junto à mesquita Raba El-Adwyia, na área de Nasr City. Defendem a continuação do mandato do Presidente, democraticamente eleito.

Artigo publicado no “Expresso Online”, a 3 de julho de 2013. Pode ser consultado aqui

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